
Imagine confiar em alguém que se apresenta como profissional capacitado, só para descobrir que caiu numa armadilha bem armada? Foi exatamente o que aconteceu com um morador de Campo Grande, que perdeu a bagatela de R$ 60 mil para um suposto advogado — que, na verdade, era um golpista dos bons.
O conto do vigário 2.0
O caso, que parece saído de um roteiro de filme, começou quando a vítima — vamos chamá-lo de "João" para preservar sua identidade — buscava auxílio jurídico. O criminoso, mais convincente que vendedor de curso na internet, usou documentos falsos e um discurso afiado para conquistar sua confiança.
"Ele tinha resposta pra tudo", contou João, ainda atordoado. "Parecia conhecer cada detalhe das leis, falava com propriedade... Quem desconfiaria?"
O golpe perfeito (quase)
Eis como a jogada aconteceu:
- Primeiro contato através de indicação — porque no Brasil, tudo começa com um "conheço um cara"
- Apresentação impecável, com direito a escritório virtual e até atendimento personalizado
- Processos "acelerados" mediante pagamentos adiantados — aí começou o buraco
Quando João percebeu que algo cheirava mal — literalmente semanas depois —, o sujeito já tinha evaporado feito álcool gel em dia de pandemia.
Não seja o próximo!
Se tem uma coisa que aprendemos com esse caso é que até os mais espertos podem cair. Mas algumas dicas podem salvar seu bolso:
- Sempre verifique a OAB do profissional — e não basta olhar o número, consulte no site oficial
- Desconfie de promessas milagrosas — direito não é fast food, processos levam tempo
- Pagamentos devem ser feitos preferencialmente por meios rastreáveis
E se a oferta parece boa demais pra ser verdade? Provavelmente é. Como dizia meu avô: "Quando a esmola é muita, o santo desconfia".
A polícia já está investigando o caso, mas enquanto isso, fica o alerta: em tempos de crise, os golpistas ficam mais criativos que publicitário em Black Friday.