
Era um dia comum em Sorocaba até que a Polícia Civil botou o pé no acelerador e desmontou um esquema que deixaria qualquer motorista com os cabelos em pé. O alvo? Um empresário dono de vários postos de combustível na região — e que, segundo as investigações, estava enchendo os tanques dos clientes com um líquido que só de longe lembrava gasolina de verdade.
Não foi de uma hora pra outra. A coisa vinha sendo costurada há meses, com aquela paciência de detetive que só a polícia sabe ter. E olha que o sujeito não economizou na criatividade: além de vender um combustível que mais parecia água com corante, ainda inventou um jeito de fraudar os sistemas de medição. Quem abastecia ali, sem saber, levava menos gasolina pelo mesmo preço — ou pior, levava algo que podia estragar o carro todo.
O golpe do século (ou quase)
Detalhe que dói no bolso: segundo os cálculos preliminares, o prejuízo passa dos R$ 5 milhões. E não foi só o consumidor que se ferrou. O governo também levou um golpe, já que o esquema incluía sonegação fiscal — afinal, quando você vende algo que não existe no papel, fica fácil sonegar, não é mesmo?
A operação teve direito a cenas dignas de filme: policiais revirando documentos, computadores apreendidos, e até caminhões-tanque sendo inspecionados com aquele cuidado de quem sabe que qualquer faísca pode virar um desastre. No fim, o dono dos postos foi levado algemado — e agora vai ter que explicar essa lambança toda pra Justiça.
E o consumidor, como fica?
Pois é... Quem abasteceu nesses postos nos últimos meses deve ficar de olho no motor do carro. Combustível adulterado é como veneno pra veículo: pode até funcionar por um tempo, mas uma hora o estrago aparece — e a conta do mecânico vem mais salgada que pipoca de cinema.
Dica de ouro: desconfie sempre de postos com preços muito abaixo da média. Como diz o velho ditado, quando a esmola é demais, o santo desconfia. E no caso da gasolina, se o preço tá bom demais pra ser verdade, provavelmente... não é verdade.