Uma testemunha-chave envolvida em uma investigação em curso revelou à nossa reportagem que a Conafer (Comissão Nacional de Fomento Rural) adulterava documentos para desviar dinheiro de aposentados. Segundo as informações obtidas, o esquema operava há anos e envolvia funcionários de alto escalão.
A testemunha, que preferiu manter o anonimato por medo de represálias, afirmou que os documentos eram alterados para reduzir os valores destinados aos beneficiários, desviando a diferença para contas fantasmas. "Eles tinham um sistema muito bem estruturado. Ninguém desconfiava porque os valores eram pequenos, mas somados, chegavam a milhões", relatou.
Como funcionava o esquema?
De acordo com a denúncia, o processo de fraude seguia etapas bem definidas:
- Funcionários da Conafer acessavam os dados dos aposentados.
- Os valores originais dos benefícios eram alterados em sistemas internos.
- Documentos físicos eram falsificados para justificar as mudanças.
- O dinheiro desviado era transferido para contas de laranjas.
Autoridades já foram acionadas e prometem apurar o caso com rigor. "Estamos trabalhando para identificar todos os envolvidos e garantir que os prejudicados sejam ressarcidos", declarou um representante do Ministério Público.
Impacto nos aposentados
Muitos idosos só perceberam a fraude ao notar reduções inexplicáveis em seus benefícios. "Sempre recebi R$ 1.200, mas de repente começou a cair R$ 1.050. Quando fui reclamar, disseram que era erro do sistema", contou uma vítima de 68 anos.
Especialistas alertam que esse tipo de crime afeta diretamente a qualidade de vida de quem depende da previdência. "São pessoas que já vivem com pouco. Perder parte da renda pode significar escolher entre comer ou comprar remédios", explicou um economista.
