
Num galpão aparentemente comum na zona industrial de Sorocaba, a Polícia Civil encontrou o que muitos chamariam de 'mina de ouro digital' — só que totalmente ilegal. A operação, batizada ironicamente de 'BitCaiu', desmontou nesta quarta-feira (7) um esquema que parecia saído de um filme de espionagem.
Não era ouro, mas sim dezenas de máquinas de mineração de criptomoedas — aquelas que ficam ligadas 24 horas por dia resolvendo cálculos complexos. O problema? Toda a energia era roubada da rede pública. Sim, você leu certo: um 'gato' que daria inveja até ao mais ousado dos eletricistas piratas.
Como funcionava o esquema
Os investigadores contam que o grupo agia com uma organização que impressiona:
- Alugavam galpões industriais estratégicos
- Faziam ligações clandestinas na rede elétrica
- Operavam máquinas de última geração importadas
- Tinham sistema de refrigeração profissional para evitar superaquecimento
"Era uma estrutura quase profissional", admite um delegado que pediu para não ser identificado. "Só faltava mesmo pagar a conta de luz."
Os números impressionam
Foram apreendidos:
- 47 equipamentos de mineração
- 5 roteadores de alta potência
- 3 notebooks com softwares especializados
- Diversas peças e acessórios
O prejuízo mensal com energia elétrica? Estimado em R$ 150 mil — dinheiro que saía direto do bolso dos contribuintes, é claro.
E pensar que tudo isso acontecia num bairro industrial movimentado, onde caminhões e funcionários passavam o dia todo sem desconfiar de nada. Até que... bem, até que a polícia decidiu dar aquela 'fuçada' básica depois de denúncias.
Quem está por trás?
Ainda não há nomes divulgados — a investigação segue em sigilo. Mas fontes próximas ao caso sugerem que pode ser um grupo organizado, não apenas alguns "nerds" tentando ficar ricos rápido. Afinal, montar uma operação dessas exige know-how técnico e... digamos, "habilidades" específicas para burlar sistemas.
Enquanto isso, os equipamentos apreendidos — que valem uma pequena fortuna — estão sob custódia. E a Light, a concessionária de energia, deve estar fazendo as contas (e contando os prejuízos) nesse momento.
Moral da história? Nem tudo que reluz é Bitcoin — às vezes é só crime mesmo.