Imagine receber uma mensagem do seu filho pedindo ajuda financeira urgente. Foi exatamente o que aconteceu com um oficial de justiça de São José do Rio Preto — só que, no fim das contas, quem estava por trás do celular não era o rebento, e sim um golpista com talento para enganar até quem lida com a lei no dia a dia.
O caso, que parece roteiro de filme, aconteceu na semana passada. O servidor público — que prefere não se identificar — recebeu uma mensagem pelo WhatsApp supostamente do filho. O texto pedia dinheiro para resolver uma "emergência". Sem desconfiar, o pai transferiu R$ 76 mil. Só depois percebeu que tinha caído em uma armadilha digital.
Como o golpe funcionou?
Os criminosos usaram uma tática conhecida como "clonagem de conversa". Primeiro, criaram um perfil idêntico ao do filho da vítima. Depois, iniciaram um diálogo convincente, mencionando detalhes pessoais que só familiares saberiam. O golpe foi tão bem armado que até o tom das mensagens imitava o do jovem.
- Contato inicial por WhatsApp
- Uso de informações pessoais para ganhar confiança
- Pedido de transferência urgente
- Desaparecimento após o pagamento
"Foi uma combinação de sorte dos criminosos e descuido meu", admitiu o oficial à polícia. Ele, que diariamente lida com processos judiciais, nunca imaginou que cairia num golpe assim — prova de que ninguém está 100% seguro no mundo digital.
O que fazer para não cair?
Especialistas em segurança digital dão algumas dicas básicas — mas que muita gente ignora:
- Sempre confirme a identidade do remetente por outro canal (ligação, vídeo)
- Desconfie de qualquer pedido de dinheiro por mensagem
- Crie uma "palavra-código" familiar para situações de emergência real
O caso já está sendo investigado pela Delegacia de Crimes Digitais local. Enquanto isso, o oficial de justiça aprendeu da pior forma possível que, no mundo atual, até quem trabalha com a lei pode virar vítima da ilegalidade.
