
Opa, a justiça maranhense acabou de dar um verdadeiro xeque-mate na cultura da rinha de galos no estado. E olha que a multa não foi nada leve: R$ 90 mil saindo direto do bolso de uma associação que teimava em promover essas barbaridades.
Pois é, meus amigos. O caso rolou no município de Santa Inês – interior do estado, onde essas práticas ainda teimam em sobreviver como se fossem normais. A 1ª Vara Cível da comarca não só condenou a tal associação como ainda proibiu qualquer evento do tipo no futuro. Uma decisão que, convenhamos, já estava mais do que na hora.
Como a denúncia veio à tona
Curioso como essas coisas sempre vazam, né? O Ministério Público do Maranhão recebeu a denúncia anônima e foi a campo investigar. E não deu outra: flagraram a associação promovendo as rinhas como se fosse um evento qualquer, sem a menor cerimônia. Galos sendo forçados a brigar até a morte, apostas rolando solto – o pacote completo da ilegalidade.
O promotor Thiago Mâncio Marques não teve dúvidas: entrou com uma ação civil pública pedindo não só a condenação, mas também uma multa que doesse no bolso. E conseguiu. A juíza Jacqueline Lobato Carvalho assinou a sentença no último dia 26, mas a notícia só veio a público agora.
O que diz a sentença
Além da multa astronômica – que, convenhamos, é um belo de um desestímulo – a associação ainda vai ter que:
- Arcar com despesas de custas processais e honorários advocatícios
- Publicar a decisão num jornal de grande circulação (aquele constrangimento público que funciona)
- Ficar longe de qualquer atividade similar, sob pena de novas sanções
Não é pouco, hein? A justiça mandou o recado claro: no Maranhão do século XXI, crueldade animal não se discute, se combate.
E sabe o que é mais interessante? A defesa tentou argumentar que era "tradição cultural", mas a juíza foi categórica: tradição nenhuma justifica maus-tratos. Parece óbvio, mas ainda tem gente que insiste nesse discurso furado.
Um precedente importante
Essa decisão cria um precedente e tanto para o estado. Outras associações que ainda insistem nessas práticas arcaicas agora sabem: o risco não vale a pena. A multa é pesada, o constrangimento público é grande e a proibição é definitiva.
O caso de Santa Inês serve de alerta para todo o interior maranhense. Essas rinhas, que muitos ainda veem como "inofensivas", são na verdade um comércio cruel que movimenta dinheiro sujo às custas do sofrimento animal.
E aí, será que essa condenação vai fazer outros promotores acordarem para o problema? Torcemos que sim. Porque no fim das contas, como bem lembrou a magistrada, animais não são objetos de entretenimento. São seres vivos que merecem respeito.
Fica a lição: o Maranhão está evoluindo, e práticas medievais como rinha de galos não têm mais espaço. Ponto final.