Amazônia Que Eu Quero: Enfrentando o Desafio do Lixo em Rondônia com Soluções Inovadoras
Amazônia Que Eu Quero: Desafios do lixo em Rondônia

Imagine toneladas de resíduos sendo gerados diariamente em um dos biomas mais importantes do planeta. Pois é, essa é a realidade crua de Rondônia — e não, não é exagero. Na última sexta-feira (22), o auditório do Ministério Público Estadual em Porto Velho ficou lotado para o debate Amazônia Que Eu Quero, e a pauta era quente: o que fazer com tanto lixo?

O evento, parte de uma série realizada pelo G1, não foi só mais uma reunião de especialistas. Foi um verdadeiro choque de realidade. E olha, os números assustam: dos 52 municípios do estado, apenas 11 — repito, ONZE — possuem aterros sanitários regularizados. O resto? Bem, o resto improvisa. E como improvisa.

O Lixo Não Some Sozinho — Alguém Precisa Fazer Alguma Coisa

Quem abriu os trabalhos foi a promotora de Justiça Lilian Ferreira, da área de Meio Ambiente. E ela foi direta: "A gente precisa parar de empurrar o problema com a barriga". A fala dela ecoou na plateia, que incluía desde gestores públicos até catadores de material reciclável — os verdadeiros heróis invisíveis dessa história.

E não é que a solução pode estar justamente aí? Um dos pontos altos do debate foi a defesa ferrenha da inclusão dos catadores nas políticas públicas. Afinal, quem entende mais de reciclagem do que quem vive disso todos os dias?

Problemas que Todo Mundo Conhece (Mas Ninguém Quer Encarar)

  • Falta de aterros adequados: A maioria dos lixões a céu aberto contamina solo, água e ar — e ainda por cima é crime ambiental, sabia?
  • Logística complicada: Como levar coleta seletiva para comunidades distantes, ribeirinhas e áreas de difícil acesso?
  • Conscientização falha: A população ainda não se ligou totalmente na importância de separar o lixo. Sério, gente, não custa nada.

E tem mais: aterros sanitários não são buracos qualquer no chão. Eles exigem impermeabilização, drenagem de chorume e monitoramento constante. Coisa séria — e cara.

Mas Calma! Nem Tudo Está Perdido

Algumas cidades estão dando show. Ariquemes, por exemplo, já tem usina de triagem e compostagem. Ji-Paraná também avança com seu aterro controlado. E Cacoal? Lá, os catadores estão organizados em cooperativas e fazem a diferença de verdade.

O engenheiro ambiental Carlos Santos, que também palestrou, deu um recado importante: "Tecnologia a gente até importa, mas a solução tem que nascer aqui, do chão da Amazônia". Ele defendeu modelos mais regionalizados e menos dependentes de grandes estruturas.

E Agora, José?

O debate terminou com um chamado para ação. Não adianta ficar só na conversa — é preciso pressionar prefeituras, cobrar dos governos e, claro, fazer a nossa parte em casa.

Afinal, como disse uma catadora lá no fundo da sala: "O lixo é de todo mundo. Mas a solução também tem que ser".

E aí, vamos continuar fingindo que o problema não existe?