
Era uma daquelas decisões que pareciam óbvias, mas demoraram décadas para sair do papel. Nesta quarta-feira (27), o presidente Lula colocou sua caneta em uma mudança que muita gente já considerava atrasada: o fim dos testes em animais para cosméticos em território brasileiro.
Não foi sem debate — a indústria beauty ainda relutava, argumentando sobre "custos de adaptação". Mas a pressão de ONGs, cientistas e até de influencers digitais (sim, eles serviram pra algo útil) finalmente surtiu efeito. A nova lei, que entra em vigor em 90 dias, coloca o Brasil no seleto grupo de 40 países que já baniram essa prática.
O que muda na prática?
Se você é daqueles que torce o nariz para "coisa de militante", talvez se surpreenda:
- Nenhum novo produto de beleza poderá ser testado em coelhos, ratos ou outros bichos
- Multas pesadas — até R$ 500 mil por infração — para quem descumprir
- Estímulo a métodos alternativos, como pele humana artificial (sim, isso existe)
"É um passo civilizatório", definiu a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em seu jeito característico de falar. Ela tem razão: enquanto uns reclamam de "mimimi", a ciência já provou que esses métodos alternativos são mais baratos e precisos que os tradicionais.
E os produtos que já estão nas prateleiras?
Aqui vem o pulo do gato — ou melhor, do coelho. Os itens já testados em animais antes da lei continuam liberados. Mas as empresas terão que se adaptar rápido: a fiscalização promete ser rigorosa, e o consumidor brasileiro está cada vez mais atento a essas questões.
Curiosidade: você sabia que 78% dos brasileiros preferem marcas "cruelty-free", segundo pesquisa do Ibope? Pois é, a galera tá ligada nisso.
O texto final da lei teve algumas negociações de última hora — a indústria conseguiu um prazo maior para adaptação em casos específicos. Mas no geral, a vitória é dos animais. E, quem diria, da ciência também.