
Imagine sair de casa e encontrar um cachorro perdido, sem coleira, atravessando a rua como se fosse dono do asfalto. Pois é, essa cena — tão comum em várias cidades — agora tem consequências financeiras para os tutores na Bahia.
Numa jogada que mistura zelo com pulso firme, a prefeitura local resolveu apertar o cerco contra animais domésticos circulando soltos. E olha que não é brincadeira: além de recolher bichinhos desacompanhados, tão logo sejam identificados, os responsáveis levam multas que podem fazer o bolso chorar.
Como funciona a fiscalização?
Pois bem, a coisa é séria. Agentes percorrem bairros estratégicos — aqueles onde os relatos de pets à solta são mais frequentes — e agem em duas frentes:
- Recolhimento imediato: Se o animal estiver sem identificação ou tutor visível, vai direto para o canil municipal. Lá, recebe cuidados básicos enquanto aguarda o resgate.
- Autuação em dobro: Donos identificados (por microchip ou reconhecimento) pagam por duas infrações: abandono temporário e risco à segurança pública. Sim, porque um doguinho assustado pode causar acidentes, né?
E tem mais: reincidência dobra o valor. Na terceira vez, o caso vira tema de Conselho Tutelar Animal. "A gente não quer punir, mas educar", diz um fiscal que prefere não se identificar. "Só que depois de tanto aviso, cansa."
E os animais comunitários?
Aqui entra um detalhe polêmico. Aqueles gatos ou cachorros que "são de todo mundo e de ninguém" — alimentados por vizinhos mas sem tutor definido — também entram na mira. A solução? Associações precisam formalizar a guarda coletiva, senão... rua vira caminho sem volta.
Moradores reclamam da falta de aviso prévio, mas a prefeitura garante que campanhas educativas rolaram por meses. "Quem ama cuida, e cuidar inclui não deixar seu pet virar estatística", soltou em nota.
Enquanto isso, grupos protetores torcem para que as multas financiem castrações gratuitas. Porque no fim, todo mundo quer o mesmo: menos patinhas desprotegidas no asfalto quente.