Adolescentes impulsionam mercado ilegal de animais silvestres na internet: como isso acontece?
Adolescentes impulsionam mercado ilegal de animais silvestres

Um mercado digital clandestino tem ganhado força no Brasil, impulsionado por adolescentes que comercializam animais silvestres de forma ilegal. Essa prática, que viola leis ambientais, acontece principalmente em redes sociais e aplicativos de mensagem, onde jovens anunciam espécies protegidas como se fossem mercadorias comuns.

Como funciona o esquema

Os adolescentes atuam como intermediários entre caçadores e compradores, utilizando linguagem cifrada e grupos fechados para burlar a fiscalização. Espécies como papagaios, saguis e até cobras são vendidas como se fossem animais domésticos.

Os métodos mais comuns incluem:

  • Anúncios disfarçados em marketplaces
  • Grupos privados no WhatsApp e Telegram
  • Códigos e emojis para identificar espécies
  • Pagamentos via PIX e criptomoedas

Riscos e consequências

Além do crime ambiental, os jovens envolvidos podem responder por outros delitos como formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Para os animais, as consequências são ainda mais graves:

  1. Altas taxas de mortalidade durante o transporte
  2. Introdução de espécies invasoras em novos habitats
  3. Risco de extinção para animais ameaçados
  4. Maus-tratos e condições inadequadas de cativeiro

Especialistas alertam que a participação de adolescentes nesse comércio ilegal é especialmente preocupante, pois muitos não têm consciência da gravidade dos crimes que estão cometendo.

Como combater esse problema

Autoridades ambientais têm intensificado a fiscalização digital, mas destacam a importância da denúncia por parte da população. Qualquer suspeita de venda ilegal de animais silvestres deve ser comunicada imediatamente aos órgãos competentes.

A educação ambiental nas escolas e o diálogo familiar são apontados como formas essenciais de prevenir que mais jovens se envolvam nesse tipo de atividade criminosa.