
Um mercado digital clandestino tem ganhado força no Brasil, impulsionado por adolescentes que comercializam animais silvestres de forma ilegal. Essa prática, que viola leis ambientais, acontece principalmente em redes sociais e aplicativos de mensagem, onde jovens anunciam espécies protegidas como se fossem mercadorias comuns.
Como funciona o esquema
Os adolescentes atuam como intermediários entre caçadores e compradores, utilizando linguagem cifrada e grupos fechados para burlar a fiscalização. Espécies como papagaios, saguis e até cobras são vendidas como se fossem animais domésticos.
Os métodos mais comuns incluem:
- Anúncios disfarçados em marketplaces
- Grupos privados no WhatsApp e Telegram
- Códigos e emojis para identificar espécies
- Pagamentos via PIX e criptomoedas
Riscos e consequências
Além do crime ambiental, os jovens envolvidos podem responder por outros delitos como formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Para os animais, as consequências são ainda mais graves:
- Altas taxas de mortalidade durante o transporte
- Introdução de espécies invasoras em novos habitats
- Risco de extinção para animais ameaçados
- Maus-tratos e condições inadequadas de cativeiro
Especialistas alertam que a participação de adolescentes nesse comércio ilegal é especialmente preocupante, pois muitos não têm consciência da gravidade dos crimes que estão cometendo.
Como combater esse problema
Autoridades ambientais têm intensificado a fiscalização digital, mas destacam a importância da denúncia por parte da população. Qualquer suspeita de venda ilegal de animais silvestres deve ser comunicada imediatamente aos órgãos competentes.
A educação ambiental nas escolas e o diálogo familiar são apontados como formas essenciais de prevenir que mais jovens se envolvam nesse tipo de atividade criminosa.