
Imagine um raio tão extenso que poderia iluminar o caminho de São Paulo ao Rio de Janeiro — e ainda sobraria alguns quilômetros. Pois é exatamente isso que aconteceu nos Estados Unidos, onde um fenômeno meteorológico de arrepiar os cabelos entrou para a história.
A Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) acaba de confirmar: um relâmpago monstruoso, que percorreu nada menos que 829 quilômetros em abril de 2020, é oficialmente o mais longo já documentado no planeta Terra. Para você ter ideia, essa distância equivale a:
- Quase duas vezes o trajeto Lisboa-Porto
- Mais que a extensão total de países como a Áustria
- Um pouco menos que a distância entre Fortaleza e Teresina
Um espetáculo (perigoso) da natureza
O que mais impressiona nesse caso não é apenas o número em si — que, convenhamos, já é absurdamente alto — mas como esse raio conseguiu cruzar três estados americanos de uma só vez: Texas, Louisiana e Mississippi. Parece coisa de filme de super-herói, mas é pura física atmosférica em ação.
"Quando a gente pensa que já viu de tudo, a natureza vem e nos surpreende", comenta o meteorologista Carlos Magno, que não participou do estudo mas ficou "de queixo caído" com a descoberta. E olha que ele já viu cada coisa em seus 20 anos de carreira...
Tecnologia revelando segredos do céu
O que pouca gente sabe é que esse recorde só foi possível de ser detectado graças a avanços tecnológicos recentes. Satélites de última geração, com instrumentos que parecem saídos de ficção científica, estão revolucionando nosso entendimento sobre esses fenômenos.
Antigamente, um raio desses passaria batido — quem iria imaginar que uma descarga elétrica poderia viajar tanto? Mas hoje, com equipamentos capazes de mapear cada centímetro do céu, os cientistas estão descobrindo que a atmosfera guarda mistérios muito maiores do que sonhávamos.
E pensar que tem gente que ainda acha que previsão do tempo é só saber se vai chover amanhã...