
Eis que o Tribunal de Contas do Piauí resolveu dar uma checada nos números — e olha só no que deu. A prefeitura de Parnaíba, lá no litoral, estava prestes a desembolsar nada menos que R$ 1,3 milhão em livros didáticos. Uma grana preta, convenhamos.
Mas os técnicos do TCE esbarraram em algo estranho. Algo que cheirava mal. Valores que simplesmente não batiam. A suspeita? Superfaturamento. E não foi pouco, viu?
O que exatamente aconteceu?
O contrato, que já estava com a caneta quase no papel, foi parado de cara. Imediatamente. A medida cautelar, decidida pela 2ª Câmara do Tribunal, foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (2). E não foi um simples "pode parar"; foi uma ordem firme, direta.
A relatora do caso, a conselheira Lilian Martins, não ficou nada satisfeita com as explicações (ou a falta delas) dadas pela gestão municipal. Ela apontou, sem rodeios, que os valores unitários dos livros estavam completamente fora da realidade. Tipo, completamente.
E agora, José?
A prefeitura está, literalmente, proibida de fazer qualquer pagamento. Nenhum centavo pode sair dos cofres públicos até que uma análise profunda — e digo, *profunda* mesmo — seja realizada. O TCE quer todas as contas bem explicadinhas. Cada número, cada justificativa.
Não é de hoje que licitações envolvendo material educativo viram palco para desvios. Dessa vez, porém, o olho do fiscal estava bem atento. Muito atento.
O que me deixa pensativo é o seguinte: numa época em que a educação precisa de cada vez mais recursos, como alguém ainda tem a coragem de desviar verba de livro didático? É de uma cara-de-pau, não é mesmo?
Enquanto isso, em Parnaíba, a administração municipal vai ter que correr atrás do prejuízo. Explicações terão que ser dadas. E, dependendo do que for encontrado, a história pode ficar ainda mais feia.
O caso segue sob os holofotes. E o TCE deixou claro: não vai passar.