Tragédia em Elevador de Lisboa: Queda Fatal na Glória Deixa Morte e Comoção em Portugal
Queda de elevador em Lisboa deixa 15 mortos

Lisboa acordou hoje de luto. Um daqueles dias que começam com o barulho normal da cidade e terminam em silêncio pesado, cortado apenas por sirenes. O famoso Elevador da Glória, aquele que tantos turistas fotografam, foi palco de uma tragédia de partir o coração.

Por volta das nove da manhã, o que era para ser mais um percurso routineiro transformou-se num pesadelo. Segundo as primeiras — e ainda confusas — informações, o elevador sofreu uma falha catastrófica num dos troços mais íngremes. A descida, que devia ser suave, tornou-se numa queda brutal.

O saldo é de cortar a respiração: quinze vidas perdidas, confirmam as autoridades de emergência no local. E, sabe-se lá, o número pode ainda aumentar. Os feridos, alguns em estado verdadeiramente crítico, foram levados a correr para hospitais da capital. A confusão na Baixa era total, com a Rua São Pedro de Alcântara transformada num cenário de guerra.

Corrida Contra o Tempo

Os bombeiros chegaram rápido, mas a verdade é que nem a maior das velocidades apaga uma tragédia destas. Encontraram uma cena dantesca. Metal retorcido, vidro estilhaçado por todo o lado e, o pior, pessoas presas nos escombros. A operação de resgate foi hercúlea, uma mistura de precisão e desespero para tirar dali quem ainda estivesse com vida.

Os paramédicos trabalharam com uma coragem que só eles têm, mas muitas vezes a medicina esbarra na fatalidade. Quinze vezes, hoje.

O Que Terá Acontecido?

Eis a pergunta que todos em Portugal fazem, com a voz embargada. Como é que um ícone da cidade, uma atração que sempre pareceu tão segura, pode simplesmente falhar desta maneira tão horrível? A Polícia Judiciária já está no local, a marcar provas e a tentar reconstruir os momentos que antecederam o desastre.

Especula-se sobre uma falha mecânica bruta, talvez no sistema de travagem. Outros falam de um possível erro humano. A verdade é que, por agora, ninguém sabe ao certo. Sabe-se apenas que famílias inteiras estão destruídas e que uma sombra de insegurança paira sobre outros equipamentos urbanos.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, não escondeu a comoção. “Um dia negro para Lisboa”, disse, visivelmente abalado, prometendo apoiar as vítimas e investigar tudo até às últimas consequências. O governo português também já se pronunciou, declarando luto nacional de três dias.

Uma coisa é certa: o som dos turistas na Colina do Bairro Alto vai parecer diferente durante muito, muito tempo. As flores já começam a acumular-se no local, um memorial improvisado e dolorosamente silencioso para quem partiu demasiado cedo.