
Lisboa acordou sob um manto de luto nesta quinta-feira. O que começou como mais um dia normal transformou-se rapidamente em pesadelo quando um bonde — daqueles que normalmente encantam turistas pelas colinas da cidade — simplesmente... saiu dos trilhos. Literalmente.
O estampido de metal retorcido ecoou pelas ruas de Alfama, o bairro mais antigo da capital. Testemunhas ainda parecem estar em estado de choque, tentando processar o que viram. "Foi tudo tão rápido", conta Maria Silva, dona de uma pequena loja perto do local. "Um barulho ensurdecedor, depois gritos. Muitos gritos."
O cenário de caos
As imagens são de cortar o coração. O veículo — que deveria ser símbolo do charme lisboeta — jaz como um animal ferido, inclinado perigosamente sobre a calçada. Vidros estilhaçados, peças espalhadas, e o silêncio pesado que só tragédias dessa magnitude conseguem criar.
Os bombeiros trabalharam contra o tempo. Horas extenuantes de esforço para resgatar sobreviventes presos entre as ferragens. Até agora, contabilizam-se 17 mortos — número que, francamente, esperamos que não aumente — e pelo menos 40 feridos. Alguns em estado gravíssimo.
As investigações começam
O que diabos aconteceu? Essa é a pergunta que todos fazem. As autoridades portuguesas já iniciaram as investigações, mas as primeiras impressões sugerem uma falha técnica catastrófica. O bonde simplesmente perdeu o controle numa descida íngreme, ganhando velocidade até se tornar incontrolável.
Especialistas em transporte urbano já sussurram sobre a idade avançada da frota — muitos desses bondes são verdadeiras relíquias sobre rodas. Lindas para fotografar, mas será que seguras o suficiente?
Reações internacionais
Do outro lado do Atlântico, o governo brasileiro já se manifestou. Afinal, sabemos que milhares de brasileiros chamam Lisboa de casa. O Itamaraty confirmou que até o momento não há vítimas brasileiras identificadas, mas a embaixada segue em alerta máximo.
Enquanto isso, nas redes sociais, portugueses e estrangeiros compartilham histórias, prestam homenagens e questionam. Muito se questiona sobre a manutenção desses veículos icônicos que, hoje, mostraram seu lado mais sombrio.
Lisboa chora. E o mundo acompanha, comovido, mais um daqueles dias em que a normalidade é interrompida pela imprevisibilidade cruel do destino.