Pedreiro vira herói ao usar marreta para salvar vizinha de incêndio em SP — veja o vídeo!
Pedreiro usa marreta para salvar vizinha de incêndio em SP

Era uma terça-feira comum no bairro Jardim São Marcos — até que o cheiro de queimado cortou o ar como um aviso sinistro. De repente, gritos. Alguém berrava por socorro do outro lado da parede. E ali, no meio do caos, um pedreiro de 38 anos achou na marreta — aquela velha companheira de trabalho — sua arma improvável contra a tragédia.

"Quando vi a fumaça saindo pela janela, pensei: 'Tá brincando? A Dona Marta tá lá dentro!'". A voz de Francisco ainda treme ao contar. Ele nem hesitou. Com três golpes precisos (o terceiro fez o reboco voar feito pipoca estourada), abriu um buraco suficiente para entrar na casa ao lado.

Cena de filme? Só que real

Lá dentro, a vizinha de 72 anos — que todo mundo conhece por fazer os melhores bolinhos de chuva do quarteirão — tentava em vão apagar as chamas no fogão. "Tava mais perdida que cego em tiroteio", brinca Francisco, agora herói sem capa. Carregou-a nos braços como se fosse leve, embora seus 58 quilos parecessem o dobro na pressa.

  • 13h47: Primeiros sinais de fumaça
  • 13h52: Francisco ouve os gritos
  • 13h55: A parede cede à marreta
  • 13h58: Resgate concluído

Os bombeiros, que chegaram minutos depois, confirmaram: mais 2 minutos e o teto poderia ter desabado. "Esses tijolos velhos pegam fogo que nem palha", comentou um dos soldados, ainda impressionado com a cena.

O que salvou mesmo?

Francisco insiste que foi sorte. "Tava consertando o muro do fundo, senão nem teria a marreta à mão". Mas os vizinhos sabem melhor: "Esse moço tem coragem de sobra desde pequeno", conta Dona Iracema, 65, testemunha ocular. Lembra quando ele pulou no córrego para salvar um cachorro em 2019? Pois é.

No hospital, Dona Marta — apenas com leves queimaduras nas mãos — já prometeu: "Vou fazer um bolo de chocolate do tamanho dessa parede quebrada". E Francisco? Continua modesto: "Trabalho é trabalho, mas gente é gente. Fiz o que qualquer um faria". Mentira. Nem todos teriam a frieza — ou a loucura — necessária para encarar as chamas assim.

Detalhe curioso: a marreta em questão era herança do avô dele, usada na construção da própria casa 40 anos atrás. Quem diria que viraria instrumento de salvamento, hein?