
Parece que os paulistanos vão ter que engolir mais uns bons meses de caos no trânsito. Aquela cratera monstra que abriu na Marginal Tietê no começo de setembro — lembra? — vai continuar causando dor de cabeça até março de 2026. A Sabesp acabou de confirmar o prazo, e não é pouco.
Agora, você deve estar se perguntando: mas por que diabos vai demorar tanto? A explicação é complexa. A cratera não foi um buraco qualquer — foi algo sério, causado pelo rompimento de um coletor tronco de esgoto. Só isso já dá uma ideia da encrenca.
O que exatamente aconteceu?
No dia 1º de setembro, o asfalto simplesmente cedeu. Um vazio de aproximadamente 40 metros de comprimento por 5 de largura apareceu na pista local sentido Castelo Branco. O estrago foi considerável, e a interdição foi imediata.
A Sabesp assumiu a responsabilidade. O problema veio de um coletor de esgoto antigo, que simplesmente não aguentou o tranco e rompeu. A força da água vazando lavou o solo de sustentação sob a pista, criando aquele abismo.
E por que a demora?
Bem, a resposta não é simples. A primeira etapa — a mais urgente — foi estabilizar o local e evitar que o buraco aumentasse. Isso já foi feito. Agora começa a fase complexa: reconstruir a infraestrutura danificada.
- Trocar o coletor: Não dá para tapar o buraco e pronto. A tubulação rompida precisa ser substituída por uma nova, o que exige escavações profundas e cuidadosas.
- Refazer a base: O solo que foi levado pela água precisa ser recomposto, camada por camada, para garantir que a pista não afunde de novo no futuro.
- Reconstruir a pista: Só depois de tudo isso é que vem o asfalto novo. E tudo precisa ser feito com segurança máxima, já que é uma via de alto fluxo.
É um processo meticuloso, que não admite atalhos. Qualquer erro pode significar mais problemas lá na frente.
E o trânsito?
Ah, o trânsito… Essa é a parte que todo mundo sente na pele. A pista local continua interditada, e deve permanecer assim durante todo o período das obras. Quem trafega pela região já sabe: desvios, lentidão e muito, muito estresse.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) mantém o esquema de desvio pelo corredor de ônibus, mas convenhamos: não é a mesma coisa. O ideal é, se possível, evitar a região ou buscar rotas alternativas. Mas em São Paulo, alternativa é uma palavra relativa, não é?
Enfim, a previsão é longa, mas a Sabesp garante que está tocando as obras no ritmo mais acelerado possível — sem abrir mão da segurança, claro. Resta aos paulistanos ter paciência e torcer para que março de 2026 chegue logo.