
Parece que até os lugares mais tranquilos não estão livres da ação de ladrões. O Memorial Chico Xavier, um dos pontos mais emblemáticos de Uberaba, teve que suspender as visitas do público por um motivo inusitado: furtaram os cabos elétricos do local. Sim, você leu certo — e não, não foi obra de nenhum espírito desencarnado.
Segundo a administração do espaço, o problema foi descoberto na manhã desta sexta-feira (18). Os funcionários chegaram para trabalhar e se depararam com uma cena digna de filme de suspense: fios cortados, caixas de energia violadas e um silêncio estranho no ar. "Foi um baque", admitiu um dos colaboradores, que preferiu não se identificar. "A gente sabe que o mundo tá difícil, mas mexer com um lugar como esse... é de cair o queixo."
O que isso significa para os visitantes?
Com a energia comprometida — e sem previsão imediata de reparo —, o memorial precisou tomar uma decisão difícil: fechar as portas até segunda ordem. E olha que a temporada estava a todo vapor, com grupos marcando visitas semanas antes. "É uma frustração enorme", confessou Dona Marta, uma frequentadora assídua que veio de Belo Horizonte especialmente para o passeio. "Mas o que fazer? Roubaram até a luz do Chico."
Ah, e antes que você pense em alternativas: o museu não tem gerador próprio. "A gente depende da rede elétrica para tudo — iluminação, segurança, climatização", explicou um dos responsáveis. Sem contar que parte do acervo digitalizado ficou inacessível. Uma verdadeira dor de cabeça.
E agora, José?
A previsão é que os reparos demorem pelo menos até a próxima semana. Enquanto isso, a polícia investiga o caso — e, cá entre nós, não deve ser difícil achar pistas. Furto de cabos não é exatamente um crime discreto. "Já temos imagens das câmeras de segurança", adiantou um delegado, sem dar muitos detalhes. "Mas é aquela coisa: quando pegar, vai ser mais um zé-ninguém que nem sabe o estrago que causa."
Enquanto a energia (literalmente) não volta, o memorial pede compreensão. "A gente sabe o quanto esse espaço significa para as pessoas", disse a assessoria, num tom quase de desculpas. "Mas segurança primeiro. Não dá pra receber visitantes no escuro, né?"
Uma última curiosidade: o incidente aconteceu justamente no aniversário de 15 anos do memorial. Coincidência? O pessoal do lugar prefere acreditar que sim. "O Chico sempre pregou o perdão", filosofou um voluntário, enquanto ajudava nos reparos. "Mas convenhamos: tem hora que custa."