
Não foi uma madrugada qualquer no Paranoá. Longe disso. Por volta da 1h30, o silêncio do Plano Piloto foi quebrado por uma sucessão de sirenes — um som que, infelizmente, anunciava mais uma tragédia a assombrar o Distrito Federal.
Um princípio de incêndio, que começou de forma aparentemente silenciosa, rapidamente se transformou num inferno de chamas consumindo uma clínica de recuperação localizada na Vila Rabelo. O que era um local de cuidado e esperança virou, em minutos, um palco de puro desespero.
O balanço final? De cortar o coração. Cinco pessoas não resistiram. Onze outras foram levadas às pressas para hospitais da região, algumas em estado considerado gravíssimo pelos socorristas. Você consegue imaginar o terror?
Correria Contra o Tempo
Os bombeiros chegaram rápido, pra ser sincero. Mas o fogo é traiçoeiro — e já havia ganhado muita força quando as primeiras viaturas estacionaram na frente do prédio. A fumaça era densa, escura, e tornava quase impossível enxergar algo dentro das instalações.
Os socorristas trabalharam sob uma pressão desumana. Eles sabiam que a cada minuto que passava, a chance de salvar alguém diminuía. Conseguiram retirar onze pacientes, muitos deles desorientados e em pânico. Mas, para cinco almas, a ajuda chegou tarde demais.
Um detalhe que choca: uma das vítimas fatais estava no quarto onde o fogo começou. As outras quatro estavam em outros cômodos, talvez surpreendidas pelo avanço rápido das chamas — que, diga-se de passagem, não deram tréguas.
E Agora, o Que Causou Tudo Isso?
Pois é, a pergunta que fica. Ainda não há uma versão oficial, mas os peritos criminais já estão no local vasculhando cada centímetro queimado. A principal linha de investigação? Um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado.
Parece algo banal, não é? Um defeito elétrico qualquer. Mas foi o suficiente para desencadear essa sequência horrível de eventos. A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as causas e possíveis responsabilidades — porque numa tragédia dessas, sempre fica a dúvida: será que poderia ter sido evitada?
Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML). Familiares, desesperados, começaram a se aglomerar no local ainda durante a madrugada, num misto de dor e incredulidade. Cenas que nenhuma família deveria viver.
Enquanto isso, os feridos recebem atendimento no Hospital Regional do Paranoá e no Hospital de Base. A Secretaria de Saúde emitiu uma nota dizendo que “acionou toda a sua estrutura para prestar todo o suporte necessário às vítimas”. Tomara que seja suficiente.
Uma tragédia que escancara, mais uma vez, a vulnerabilidade de locais que abrigam pessoas em situação de risco. O que era pra ser um porto seguro virou um pesadelo. E a pergunta que não quer calar: até quando?