Balsa Santos-Guarujá será gratuita para pedestres em 2026: saiba como vai funcionar
Balsa Santos-Guarujá gratuita para pedestres em 2026

Pois é, parece que finalmente uma notícia que vai direto ao bolso — ou melhor, que vai deixar de ir — dos moradores da Baixada Santista. Quem nunca ficou naquela fila interminável esperando a balsa, contando os trocados para a passagem?

Agora imagine cruzar aquele canal azul-turquesa entre Santos e Guarujá sem pagar um centavo. Parece sonho, mas a partir de 2026 será realidade para quem faz o trajeto a pé.

Como vai funcionar na prática?

A coisa é simples, mas genial. Enquanto os veículos continuarão pagando — e olha, os valores não são nada baratos —, os pedestres poderão embarcar de graça. É aquela velha história: o que é do povo, voltando para o povo.

Os detalhes ainda estão sendo acertados, mas a previsão é que o subsídio governamental cubra integralmente o custo das passagens dos pedestres. Algo em torno de R$ 4,5 milhões por ano, segundo cálculos preliminares.

Impacto no dia a dia

Quem mora na região sabe como é. A balsa não é só um meio de transporte — é quase uma instituição. Liga famílias, trabalhos, lazer. E com a gratuidade, tudo indica que muita gente vai redescobrir o prazer de cruzar o canal a pé.

Pense na cena: em vez de ficar preso no carro, você pode simplesmente caminhar até o deck, sentir a brisa do mar, observar as gaivotas. Quase uma terapia, e de graça.

  • Atual tarifa: R$ 2,50 por pessoa a pé
  • Novo valor: Zero, nada, gratuita
  • Início da medida: Primeiro trimestre de 2026
  • Quem paga a conta: Governo do Estado de São Paulo

E tem mais. A concessionária ViaMobilidade — que assumiu o controle da travessia há pouco tempo — já está estudando melhorias na infraestrutura para pedestres. Sabe aquela espera no sol? Pois é, pode ter sombra e conforto chegando.

E os motoristas?

Aqui vem a parte polêmica. Enquanto os pedestres ganham essa "mamata" — como alguns já estão chamando —, os preços para veículos seguem firmes e fortes. Uma motocicleta paga R$ 11,90, carro de passeio R$ 23,80.

Mas calma, não é injustiça. A ideia é justamente incentivar que mais pessoas deixem o carro em casa para trajetos curtos. Menos veículos, menos congestionamentos, menos poluição. Todo mundo ganha.

Aliás, quem já tentou atravessar de carro em horário de pico sabe do que estou falando. Às vezes leva mais tempo na fila da balsa do que o próprio trajeto.

O que esperar do futuro

Especialistas em mobilidade urbana estão com expectativas positivas. A medida pode ser o primeiro passo para transformar radicalmente como as pessoas se deslocam na região.

Imagina só: mais gente caminhando, menos carros nas ruas, ar mais limpo. Parece utopia, mas começa com gestos concretos como esse.

E tem um detalhe que pouca gente percebe: a gratuidade pode aquecer o comércio local. Quem vai a pé tende a parar mais nas lojas, experimentar a gastronomia, circular mais. É economia girando.

Claro que sempre tem os céticos. "Ah, mas o governo vai cortar em que área para bancar isso?" É uma pergunta válida, mas a verdade é que investir em mobilidade sustentável costuma trazer retornos que vão muito além do financeiro.

Enquanto isso, nós, meros mortais, podemos começar a planejar aquela ida à praia do Guarujá sem preocupação com o troco do transporte. Às vezes as melhores notícias são justamente as que tornam a vida um pouquinho mais simples.

Resta torcer para que a implementação seja tão boa quanto a ideia. Porque no Brasil a gente sabe: entre a intenção e o gesto, tem sempre um abismo de burocracia. Mas vamos manter a esperança — afinal, andar de graça é daquelas coisas que aquecem o coração.