
A noite de quarta-feira, 25, reservava uma tragédia silenciosa para um pedestre que tentava cruzar um dos trechos mais movimentados da Rodovia Anchieta, no km 42. Por volta das 20h30, o que deveria ser uma travessia comum — a poucos metros de uma faixa destinada justamente a isso — se transformou num pesadelo de aço e velocidade.
Testemunhas, ainda sob o choque do que presenciaram, contaram à Polícia Rodoviária Federal (PRF) que um veículo, talvez em velocidade incompatível com o local, simplesmente não conseguiu evitar a colisão. O impacto foi brutal. O homem, cuja identidade segue sendo apurada, foi arremessado a vários metros de distância.
Corrida Contra o Tempo
O socorro, esse, foi imediato — e aqui é preciso reconhecer a prontidão dos outros motoristas que pararam para ajudar. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou rapidamente, mas o quadro já era dos mais preocupantes. Múltiplos traumatismos, um risco enorme de hemorragia interna... uma daquelas situações onde cada minuto conta de verdade.
Ele foi transportado às pressas para a Santa Casa de São Vicente. Chegou inconsciente, e a última informação que se tem é que seu estado de saúde permanece gravíssimo, lutando entre a vida e a morte na UTI. A família, avisada, deve comparecer à unidade hospitalar para formalizar a identificação.
O Cenário do Acidente e a Pergunta que Fica
Eis um detalhe que não sai da cabeça: o acidente aconteceu a cerca de 20 metros da faixa de pedestres mais próxima. Por que ele não usou a faixa? Será que a iluminação no local é suficiente? Ou será que a pressa, essa maldita contemporânea, falou mais alto? A PRF já iniciou os trabalhos de perícia para reconstituir os exatos momentos que levaram ao atropelamento.
Enquanto isso, o trânsito naquele trecho ficou complicado por mais de uma hora. Uma cena comum, infelizmente — o fluxo interrompido, a luz giratória dos bombeiros, o burburinho baixo de quem espera e especula. Uma rotina de tragédia que se repete com uma frequência assustadora nas nossas estradas.
Agora, resta torcer. Torcer pela recuperação desse homem. E, mais do que isso, refletir sobre a nossa própria conduta no volante. Porque no fim do dia, um segundo de distração pode custar uma vida inteira.