
Imagina só: você está cruzando aquele monstro de concreto sobre a Baía de Guanabara, a Ponte Rio-Niterói, e de repente… vê um bando de malucos no teto de um ônibus, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Pois é. Isso não é roteiro de filme, aconteceu de verdade neste sábado (30).
Um vídeo que já correu o Brasil inteiro — e provavelmente além — mostra um grupo de torcedores do Flamengo transformando o veículo em seu próprio camarote improvisado, mas sem a menor condição de segurança. A paisagem? Só o céu e uma queda livre em potencial.
A cena é de arrepiar. Os caras lá em cima, visivelmente relaxados, como se estivessem num passeio no bondinho do Pão de Açúcar. Só que a uns 60 metros de altura, com o vento batendo forte e o movimento intenso de veículos passando a centímetros. Um passo em falso, uma freada mais brusca do ônibus… nem quero pensar.
Não foi acidente, foi escolha
O pior de tudo? Dá pra ver claramente que a porta do ônibus estava aberta. Isso significa que não foi um desespero, não foi falta de espaço. Foi pura e simplesmente uma decisão, digamos, questionável. Uma aventura que poderia ter terminado em tragédia colossal.
A Ecoponte, que administra a via, não ficou nada satisfeita. Eles soltaram uma nota firme, repudiando a ação e lembrando que esse tipo de coisa é infração gravíssima — para não dizer uma loucura sem tamanho. Já passou a informação pra Polícia Rodoviária Federal, que agora deve correr atrás para identificar quem eram esses aventureiros e, claro, o motorista que permitiu aquilo tudo.
Ah, e o motorista? Bom, ele se complicou feio. Além de permitir a bagunça, ainda trafegou com a porta aberta — mais uma violação das regras de trânsito. Ou seja, o prejuízo não vai ser só moral.
O que diz a lei?
Ficar no exterior de um veículo em movimento, como todo mundo deveria saber, é expressamente proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A infração é gravíssima, com uma multa de quase R$ 300 por cada passageiro irregular. Multiplica isso pela galera toda no teto… o valor ficaria astronômico.
Mas, convenhamos, dinheiro é o de menos. O risco real era de vida. Uma tragédia anunciada que, por sorte — muita sorte —, não aconteceu. Dessa vez.
As redes sociais, como era de se esperar, explodiram. Uns acham "coragem" (eu chamo de falta de juízo), outros ficam pasmos com a naturalidade dos envolvidos. O certo é que a imagem do ônibus com sua carga humana extraoficial vai ficar na memória — como um alerta do que nunca se deve fazer, nem por paixão clubística, nem por nada.