
Não foi um dia qualquer na selva de pedra. A sexta-feira (8) em São Paulo começou com aquela garoa fina que todo paulistano conhece – aquele tipo de chuva que não decide se molha ou só incomoda. Mas o que parecia banal virou um verdadeiro inferno no asfalto.
Pelos radares da CET, os congestionamentos bateram a marca de 376 km às 18h23. Um número que faz até o mais paciente dos motoristas perder a fé na humanidade. O recorde anterior do ano? Ficou no chinelo – eram meros 342 km em março passado.
O retrato do caos
Imagine só:
- Marginais Tietê e Pinheiros parecendo estacionamentos a céu aberto
- Radial Leste com filas que testavam os limites da paciência humana
- Até as rotas alternativas – aquelas que os apps prometem ser milagrosas – viram armadilhas
E olha que não foi por falta de aviso. O dia já começou com alertas da Defesa Civil sobre a chuva persistente. Mas em SP, quando a água desce do céu, o trânsito sobe às nuvens – e dessa vez foi pra valer.
Efeito dominó
Três acidentes graves na região da Ponte do Limão (porque lá é sempre lá, né?). Dois caminhões que resolveram dar uma paradinha estratégica na Marginal. E pra completar, aquela velha combinação paulistana: chuva + sexta-feira + hora do rush = fórmula perfeita pro caos.
Os ônibus? Nem se fala. Com atrasos médios de 45 minutos, muitos passageiros preferiram enfrentar a chuva a pé. "Melhor chegar em casa molhado do que nunca", brincou um desolado morador da Zona Leste, enquanto secava os óculos embaçados.
E os aplicativos de transporte? Os preços deram um salto digno de Wall Street. Um trajeto de 8 km chegou a custar R$ 78 no auge do caos – preço de jantar fora com direito à sobremesa.
Lição que nunca aprendemos
Todo mundo sabe, todo mundo reclama, mas no fim... a história se repete. Dias chuvosos em São Paulo e trânsito parado são como Romeu e Julieta – uma combinação trágica que insiste em se repetir.
Enquanto isso, os especialistas em mobilidade urbana soltam aqueles suspiros profundos. "Precisamos repensar urgentemente nossa relação com a cidade", diz um deles, entre um gole de café e olhares para o horizonte congestionado.
E você? Como sobreviveu a essa sexta-feira histórica no trânsito de SP? Conta pra gente nos comentários – se já chegou em casa, é claro!