
Imagine dirigir por uma estrada que mais parece um campo minado? Pois é exatamente essa a realidade que motoristas enfrentam diariamente na RN-063, no litoral sul do Rio Grande do Norte. A situação está tão crítica que virou caso de saúde pública — e de nervos à flor da pele.
Os buracos, que mais parecem crateras de asteroides, se espalham por vários trechos da rodovia. Não são aqueles defeitinhos superficiais que só causam um leve desconforto — estamos falando de verdadeiras armadilhas que podem danificar veículos e colocar vidas em risco. Quem trafega por lá precisa ter a perícia de um piloto de rali.
O desespero de quem precisa usar a estrada todo dia
Moradores da região não aguentam mais. "É cada dia uma nova aventura", conta Maria Silva, que usa a estrada para trabalhar. "Já perdi as contas de quantas vezes precisei levar o carro para consertar os amassados e os danos na suspensão."
O pior é que a situação parece piorar a cada chuva. A erosão vai comendo as margens da pista, e os buracos se multiplicam como se tivessem vida própria. Alguns trechos estão tão ruins que os motoristas precisam invadir a contramão para evitar os pontos mais críticos — o que obviamente aumenta o risco de acidentes graves.
O que dizem as autoridades?
O DER-RN (Departamento de Estradas de Rodagem do RN) alega que está ciente do problema e que já realizou serviços de tapa-buracos recentemente. Mas aí é que está: esses reparos parecem mais um band-aid em uma ferida que precisa de pontos cirúrgicos.
Os moradores reclamam que os consertos são apenas paliativos. "Eles jogam um pouco de massa, mas na primeira chuva volta tudo ao que era antes — ou pior", desabafa um motorista de aplicativo que preferiu não se identificar.
Além dos carros: o perigo para motos e ciclistas
Se para os carros a situação já é complicada, imagine para motociclistas e ciclistas. Cada buraco representa um risco real de queda e acidentes sérios. É uma roleta-russa sobre duas rodas.
O transporte coletivo também sofre. Os ônibus que fazem linha na região balançam tanto que os passageiros comparam a viagem a uma atração de parque de diversões — só que sem a diversão.
Enquanto isso, a população segue na expectativa de uma solução definitiva. Porque uma coisa é certa: tapar buraco com massa fraca é como enxugar gelo. E o povo já cansou de esperar por melhorias que nunca chegam de verdade.