Uma manhã de segunda-feira que começou como qualquer outra terminou em tragédia nas margens do Rio Pinheiros. Por volta das 6h30, o silêncio da cidade ainda adormecida foi quebrado por um impacto violento - o tipo de som que faz estômago embrulhar.
João Paulo Mantovani, 52 anos, pilotava sua poderosa Harley-Davidson pela Marginal Pinheiros, sentido Interlagos, quando o impensável aconteceu. Um caminhão de limpeza urbana, daqueles que trabalham enquanto a maioria dorme, estava estacionado na via. Não era suposto estar ali? A pergunta ecoa agora entre os investigadores.
A colisão foi frontal - a moto contra a traseira do caminhão. Testemunhas que passavam pelo local no exato momento ainda parecem estar em estado de choque. "Foi tudo muito rápido", conta um motorista de aplicativo que preferiu não se identificar. "Ouvi o barulho seco, metálico, e soube que nada de bom havia acontecido."
O socorro imediato
O Samu chegou rapidamente, mas algumas batalhas já estão perdidas antes mesmo de começarem. Os paramédicos fizeram de tudo - reanimação cardiopulmonar, os procedimentos de praxe - mas as lesões eram simplesmente gravíssimas. Mantovani não resistiu.
A Polícia Militar rodoviária isolou a área enquanto peritos do CET trabalhavam no local. O trânsito, claro, ficou complicado por horas. Mais um dia caótico na cidade que nunca para.
Quem era João Paulo?
Essa é a pergunta que familiares e amigos agora se fazem entre lágrimas. Aos 52 anos, Mantovani era mais que um motociclista - era pai, marido, profissional. Gostava de sentir o vento no rosto nas estradas abertas, mas também cumpria com responsabilidade suas obrigações.
O que levou ao acidente? Excesso de velocidade? Distração? Falha mecânica? As investigações vão apurar cada detalhe minuciosamente. A perícia técnica examinará a moto, o caminhão, as condições da pista... Tudo para entender como uma viagem rotineira transformou-se em tragédia.
Enquanto isso, na Marginal Pinheiros, o fluxo de veículos já normalizou. A vida continua, como sempre continua. Mas para a família Mantovani, nada será como antes. Resta agora aguardar respostas e tentar encontrar algum conforto na memória de quem partiu tão abruptamente.
