
Era pra ser mais um dia normal na movimentada SP-272, mas o que aconteceu na manhã desta segunda-feira (1º) foi tudo menos routineiro. Por volta das 7h30, o silêncio da zona rural de Mirante do Paranapanema foi quebrado por um estrondo metálico que ecoou pelos canaviais – o som de uma tragédia anunciada.
Testemunhas que passavam pelo local contaram que foi tudo muito rápido. Um veículo Fiat Strada, daqueles brancos bem comuns nas estradas, simplesmente… saiu da pista. Não deu tempo de entender o porquê. O motorista – um homem que ainda não teve a identidade revelada – perdeu o controle da direção de forma brusca, como se lutasse contra algo invisível.
O que se seguiu foi cena de filme de ação, mas sem final feliz. A picape capotou não uma, não duas, mas várias vezes, transformando-se num emaranhado de metal retorcido que parou apenas quando encontrou a resistência firme do solo. Uma verdadeira força da natureza contra a fragilidade humana.
O resgate que chegou tarde demais
Quando a Polícia Militar Rodoviária apareceu no local, a cena era desoladora. Os socorristas do Samu fizeram o possível – quem sabe até o impossível – mas algumas batalhas já estão perdidas antes mesmo de começarmos a lutar. O condutor, único ocupante do veículo, já não respirava mais.
E agora? As investigações estão só no começo, mas o que se pergunta é: o que teria causado tamanha perda de controle? Alguma falha mecânica repentina? Um mal súbito do motorista? Ou simplesmente um momento de distração que custou tudo? A verdade é que nas estradas, às vezes, segundos decidem destinos.
O corpo foi encaminhão para o IML de Presidente Prudente, onde peritos tentarão desvendar os últimos momentos dessa história truncada. Enquanto isso, familiares aguardam notícias – aquela espera angustiante que ninguém deveria experimentar.
Essa fatalidade serve como daqueles alertas doloridos que a vida nos dá: nas rodovias, a linha entre chegar bem e não chegar nunca é absurdamente tênue. Um instante. Um piscar de olhos. Um desvio de atenção.
O trânsito brasileiro continua sendo palco de cenas como essas diariamente – e cada história dessas deveria doer em todos nós. Porque no final do dia, poderia ser qualquer um.