
Uma tarde de trabalho comum terminou em tragédia para um jovem entregador de 27 anos em Catanduva. Tudo aconteceu numa fração de segundos - aqueles momentos que separam a normalidade do caos absoluto.
Por volta das 15h30 desta segunda-feira (2), enquanto cortava a Avenida 10 de Abril - sim, aquela via sempre movimentada que todo mundo conhece - o motoboy simplesmente não teve chance. Um carro em alta velocidade apareceu do nada, como um raio em dia ensolarado.
O impacto foi violento, daqueles que ecoam na memória de quem testemunha. A moto ficou totalmente destruída, pedaços espalhados pela pista como um quebra-cabeça macabro.
Corrida Contra o Tempo
O Samu chegou rápido, pra variar. Os paramédicos encontraram o jovem inconsciente, com múltiplos traumatismos - aquele tipo de lesão que faz até profissional experiente tremer. Fizeram o possível no local, mas era evidente: a situação exigia muito mais.
Ele foi transportado às pressas para a Santa Casa de Catanduva. Direto para a UTI, onde permanece internado. Estado gravíssimo, estável apenas por causa dos equipamentos que mantêm suas funções vitais. A família, é claro, está despedaçada.
E o Motorista?
Aqui vem a parte que mais me deixa perplexo: o condutor do veículo simplesmente... desapareceu. Abandonou o carro no local e fugiu a pé, como se fosse possível escapar da própria consciência.
A Polícia Militar registrou o ocorrido como acidente de trânsito, mas tá óbvio que tem mais coisa aí. Um homem foge depois de quase tirar uma vida? Isso não cheira bem, cheira muito mal.
O veículo foi removido pelo guincho - testemunha silenciosa de uma cena que ninguém deveria presenciar.
Reflexão Necessária
Enquanto escrevo isso, não consigo evitar pensar: quantos entregadores arriscam suas vidas diariamente nas nossas ruas? Pressa por entregas, trânsito caótico, motoristas imprudentes... É uma combinação explosiva que termina em tragédia anunciada.
Catanduva hoje tem um jovem lutando entre a vida e a morte. E uma pergunta pairando no ar: até quando vamos tratar acidentes como "fatalidades do destino" em vez de consequências previsíveis da nossa imprudência?
A situação dele continua crítica. O próximo capítulo dessa história ainda está sendo escrito nos corredores hospitalares.