
Aquele trecho da SP-310, perto de José Bonifácio, virou um cenário de caos na quarta-feira. E não foi um acidente qualquer – foi daqueles que a gente ouve e fica com um nó na garganta. Uma carreta, daquelas enormes, simplesmente não conseguiu parar.
O motorista, um homem de 47 anos, chegou para os policiais visivelmente abalado. A história que ele contou é aquele pesadelo que todo caminhoneiro teme: o pé no freio e… nada. O sistema hidráulico simplesmente entregou o ouro, segundo o boletim de ocorrência. Ele tentou desviar, claro. Mas na hora errada, no lugar errado.
E foi aí que a van do advogado Alessandro Almeida da Silva, de 41 anos, entrou nessa equação trágica. Ele voltava para casa, em Votuporanga, depois de um dia de trabalho. A vida seguia seu curso normal – até que, em segundos, tudo mudou. A carreta, sem freios, invadiu a contramão e arrastou a van do Alessandro contra outro veículo que estava parado no acostamento. Um aperto fatal.
O resgate chegou rápido, mas a cena era desoladora. O advogado ainda foi levado às pressas para um hospital em Mirassol. Mas não resistiu. Os ferimentos eram graves demais. Deixou uma família, amigos, um escritório – uma vida inteira pela frente, interrompida de forma tão brutal e inesperada.
Enquanto isso, o motorista da carreta… bem, ele saiu ileso. Fisicamente, pelo menos. O psicológico é outra história. Ele foi levado para delegacia, prestou depoimento e, por enquanto, responde em liberdade. A Polícia Civil agora vai ciscar a fundo: perícia no caminhão, depoimentos de testemunhas, a tal da falha mecânica. Será mesmo que foi um defeito? Ou pode ter sido cansaço, distração? A investigação está só no começo.
E aí a gente para e pensa: quantas vezes a gente passa por um caminhão na estrada e nem imagina o que se passa na cabine? A pressão por entregas, a estrada cansativa, a manutenção que às vezes fica pra depois… É um risco que rola silenciosamente nas nossas rodovias todos os dias. E quando dá errado, o estrago é irreparável.
O caso agora tá nas mãos da Delegacia de Polícia de José Bonifácio. Eles que vão tentar juntar as peças desse quebra-cabeça triste. E a família do Alessandro? Ah, a família… agora é tentar seguir em frente sem ele. Uma perda dessas não tem preço. Nem palavras.