Região Serrana ganha 68 cadeiras de rodas em projeto de inclusão social
Projeto doa 68 cadeiras de rodas na Região Serrana

Imagine poder sair de casa sem depender dos outros. Pra muita gente, isso ainda é um sonho distante — mas um projeto na Região Serrana do Rio tá transformando essa realidade, uma cadeira de roda de cada vez.

Agora em agosto, 68 cadeiras de rodas novas vão chegar como um sopro de liberdade pra moradores de várias cidades da região. E não é qualquer equipamento não: são modelos adaptados pra diferentes necessidades, desde os mais simples até aqueles com tecnologia que facilita a vida de quem tem mobilidade reduzida.

Mais que um objeto, uma chave de liberdade

Quem nunca precisou, dificilmente entende o baque que é perder a autonomia. "É como se o mundo encolhesse", confessou Maria das Graças, de 62 anos, que espera há três por uma cadeira adequada. Com o projeto, ela finalmente vai poder voltar a frequentar a feira livre do bairro sozinha.

Os critérios de distribuição? Prioridade absoluta pra quem:

  • Comprou briga com o INSS e não conseguiu o equipamento pelo SUS
  • Vive em situação de vulnerabilidade comprovada
  • Tem indicação médica pra uso contínuo

E olha que interessante: parte das cadeiras vem com um "plus" — adaptações especiais pra terreno irregular, algo essencial numa região cheia de ladeiras como a nossa.

Por trás das doações

O projeto é fruto de uma parceria que juntou o útil ao agradável. De um lado, empresas que abateram impostos (e ganharam imagem, claro). Do outro, ONGs que mapearam as necessidades reais da população. No meio, o poder público fazendo a ponte — quando funciona, é bonito de ver.

"A gente não quer só entregar o equipamento e tchau", explica João Pedro, coordenador da ação. "Cada beneficiário vai ter orientação sobre cuidados, manutenção e até sobre direitos que muitos nem sabem que têm."

Pra quem acha que 68 é pouco: é só o começo. A meta é bater 200 doações até o final do ano, dependendo de novas adesões. Enquanto isso, a lista de espera não para de crescer — triste reflexo de como a acessibilidade ainda é tratada como luxo, não direito.