O que era para ser mais um dia de treino no Aterro do Flamengo, cartão-postal do Rio, virou um pesadelo. Márcia Ferreira, triatleta conhecida na cidade, e um grupo de ciclistas foram atropelados por um veículo que perdeu o controle. O barulho do impacto ecoou como um trovão, segundo testemunhas.
— Parecia um filme de ação, mas era a vida real — contou um vendedor ambulante, ainda tremendo. — A bicicleta dela voou metros de distância.
O que se sabe até agora
O motorista, um homem de 52 anos, alega que um mal súbito o fez perder a direção. Mas será? O carro dele derrapou feito um pião antes de atingir o grupo. A polícia ainda investiga se havia álcool envolvido — ou se foi só mais um caso de imprudência no trânsito carioca, que anda mais selvagem que capivara em dia de chuva.
Márcia, que já competiu em três Ironmans, fraturou a clavícula. Dois outros ciclistas estão em estado grave. O pior? Esse é o terceiro acidente do tipo no mês. E a prefeitura, claro, promete "analisar o caso". Enquanto isso, a ciclovia vira roleta-russa.
Reações e revolta nas redes
Nas redes sociais, a hashtag #AterroSangrento explodiu. Ciclistas postam vídeos da pista esburacada — que mais parece queijo suíço. "É pedir pra morrer", escreveu um ativista, lembrando que em 2023 um caso parecido matou um idoso.
O prefeito, em nota lacônica, falou em "solidariedade às vítimas". Mas os protestos já marcam para amanhã em frente à Câmara. Afinal, quantos corpos precisam cair antes de algo mudar?
Enquanto isso, no hospital, Márcia manda recado: "Volto a pedalar assim que sarar". Coragem não falta à mulher que já enfrentou maratonas no deserto. Mas e a segurança que lhe foi negada na própria cidade?
