
Uma manhã de quarta-feira que começou como qualquer outra se transformou em pesadelo na BR-364, próximo à cidade de Sena Madureira. O que deveria ser mais um dia de viagem pela rodovia que corta o Acre terminou em tragédia — daquelas que deixam marcas permanentes na memória de quem presencia.
Por volta das 8h30, o silêncio da estrada foi quebrado por um estrondo seco. Um carro de passeio e um caminhão se encontraram de frente, num impacto tão violento que a lataria dos veículos ficou irreconhecível. Testemunhas que passavam pelo local disseram que o barulho era de cortar o coração.
O socorro que chegou correndo
Os primeiros a chegarem foram outros motoristas — gente comum que, de repente, se viu diante de uma cena de filme de terror. Eles tentaram ajudar enquanto aguardavam os profissionais, mas a situação era complicada demais para leigos. Quando o Samu e o Corpo de Bombeiros apareceram, já era claro que teriam trabalho árduo pela frente.
Os socorristas, esses heróis anônimos que enfrentam o pior dia após dia, trabalharam com uma urgência que só quem já viu a morte de perto conhece. Extraíram vítimas dos destroços com cuidado extremo, cada movimento calculado para não piorar lesões já graves.
O saldo amargo da imprudência
O balanço final? Triste, muito triste. Há mortos — e famílias inteiras que receberam a notícia que ninguém quer ouvir. Há feridos em estado considerado grave, lutando pela vida em hospitais da região. A Polícia Rodoviária Federal já está no local, tentando reconstruir os momentos que antecederam a colisão.
O que causa um nó na garganta é pensar que, muito provavelmente, essa tragédia poderia ter sido evitada. Ultrapassagem mal calculada? Excesso de velocidade? Falha mecânica? A PRF ainda investiga, mas a estrada já cobrou seu preço em sangue.
Um alerta que precisa ser lembrado
Enquanto as investigações seguem seu curso, fica o aperto no peito. Quantas vezes precisaremos ver cenas assim até que motoristas entendam que uma estrada não é pista de corrida? Que uma viagem segura vale mais que alguns minutos ganhos?
O trânsito no trecho foi parcialmente interrompido, causando lentidão quilométrica. Mas o maior congestionamento mesmo está no coração daqueles que perderam entes queridos — um engarrafamento de dor que não se desfaz com sinal verde.