
Parece que o asfalto de Rio Branco resolveu mostrar sua face mais cruel neste final de semana. Em menos de 48 horas – um piscar de olhos, na verdade – cinco pessoas tiveram suas histórias interrompidas de forma brutal no trânsito da capital acreana. A cidade, normalmente tranquila, acordou com um balde de água fria.
O primeiro baque veio na noite de sexta-feira, por volta das 23h, naquela curva perigosa da Avenida Ceará. Dois jovens, com a vida toda pela frente, se foram num instante. Testemunhas contam que o carro simplesmente perdeu o controle – talvez velocidade, talvez falta de atenção, quem saberá agora?
O Domingo Sangrento
Mas o pior estava guardado para o domingo. Três acidentes distintos, três famílias destruídas. O mais grave foi na BR-364, por volta do meio-dia, envolvendo nada menos que quatro veículos. Uma verdadeira cena de filme de ação, só que com consequências reais e dolorosas.
- Primeira vítima: Homem de 45 anos, motociclista, colisão frontal
- Segunda e terceira vítimas: Casal em carro de passeio, capotamento
- Quarta vítima: Pedestre atropelado na zona leste
- Quinta vítima: Condutor em batida na saída para Porto Acre
O Corpo de Bombeiros praticamente não parou. "É como se uma maldição tivesse se abatido sobre a cidade", comentou um socorrista que preferiu não se identificar, visivelmente abalado.
O Que Dizem as Autoridades?
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AC) soltou um comunicado que mais parece um grito de desespero. Eles falam em "número alarmante" e "situação crítica". Mas sabe como é – sempre falam isso depois da tragédia, não?
O major Silva, responsável pelas operações, foi mais direto: "Precisamos que os condutores entendam que o trânsito não é videogame. Aqui, quando se erra, não tem botão 'reset'".
Entre as causas apontadas (e aqui vem o déjà vu): excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas e – pasmem – uso de celular ao volante. Sim, ainda tem gente que acha que pode responder WhatsApp dirigindo.
E Agora, José?
A pergunta que fica é: quando é que a gente vai aprender? Cinco mortes em dois dias não é coincidência – é epidemia. Enquanto isso, as famílias choram seus mortos e a cidade tenta entender como voltar à normalidade depois de um fim de semana tão negro.
O que você acha? Será que precisamos de mais fiscalização? Campanhas mais chocantes? Ou será que o problema está mesmo na cabeça de cada um que senta atrás do volante?