A vida na Avenida Coronel Prates, em Montes Claros, nunca mais será a mesma. Depois daquele dia — você sabe, aquele tipo de notícia que faz o estômago embrulhar — a prefeitura finalmente decidiu agir. Cinco feridos, uma vida perdida. E tudo por causa daquela curva maldita que todo mundo conhece, mas que ninguém respeita.
"Já era mais do que hora", diz Maria, dona de um boteco ali na esquina, enquanto arruma as cadeiras. Ela viu tudo. O barulho, os gritos, a correria. "Aqui passa gente como se fosse autódromo. Agora, com essas lombadas, talvez pensem duas vezes antes de acelerar."
O que mudou (e por que demorou tanto?)
Dois redutores de velocidade novinhos em folha — desses que fazem o carro trepidar se você não reduzir. Sinalização repintada, mais visível. E promessa de fiscalização mais rigorosa. Mas a pergunta que fica: por que só depois da tragédia?
- Local: Avenida Coronel Prates, trecho entre as ruas Goiás e Amazonas
- Novos equipamentos: 2 redutores de velocidade tipo "lombada eletrônica"
- Investimento: R$ 85 mil (segundo a prefeitura, "recursos emergenciais")
O secretário de Mobilidade Urbana, em entrevista cheia daquelas frases de efeito que políticos adoram, garantiu que "a segurança viária é prioridade". Só faltou dizer por que essa prioridade sempre chega atrasada, não é mesmo?
E os sobreviventes?
Dos cinco feridos, dois ainda estão no Hospital Municipal. Um deles, motociclista de 22 anos, teve fraturas graves. A família do falecido — um comerciante de 48 anos que só estava voltando para casa — preferiu não falar com a imprensa. Quem pode culpá-los?
Enquanto isso, no local do acidente, ainda dá para ver marcas no asfalto. E um cruzinho branco, desses que aparecem depois de velório. A cidade segue, mas o susto ficou. Será que dessa vez a lição vai ser aprendida?
