Quem circula pelas estradas de Sorocaba nos últimos dias deve ter notado umas estruturas metálicas que parecem saídas de um filme de ficção científica. Não, não são armadilhas para multar ninguém — pelo menos é o que garante a concessionária responsável.
Esses portais, instalados em pontos estratégicos, estão causando burburinho entre os motoristas. Alguns acham que é mais um esquema para encher os cofres públicos, outros juram que já viram câmeras piscando. Mas a verdade? A empresa jura de pés juntos que o negócio é só para monitorar o fluxo de veículos.
"É tipo um termômetro do trânsito", diz especialista
Conversamos com um técnico da concessionária que prefere não se identificar (porque né, Brasil é complicado). Ele explicou que os equipamentos funcionam como um "termômetro 2.0" das vias:
- Detectam volume de carros em tempo real
- Identificam trechos com lentidão
- Podem até alertar sobre acidentes
"Quando o sistema percebe um engarrafamento se formando, já avisa a equipe de operação para tomar providências", conta o cara, meio orgulhoso. Parece até conversa de vendedor, mas faz sentido — se funcionar direito.
E os radares? Cadê os radares?
Aí é que tá: segundo a empresa, esses portais não têm função fiscalizatória. Zero. Nada. "Não estamos nem um pouco interessados em multar as pessoas", diz o comunicado oficial (que, convenhamos, todo mundo desconfia).
Mas olha só a ironia: enquanto alguns reclamam da possível vigilância, outros motoristas acham ótimo. "Se ajudar a evitar aqueles engarrafamentos infernais na saída para Itu, eu apoio", solta um caminhoneiro enquanto toma seu café na beira da estrada.
O fato é que, querendo ou não, a tecnologia chegou nas nossas rodovias. Resta saber se vai cumprir o prometido ou se, daqui a pouco, descobrimos que aquelas câmeras tinham outros objetivos... Mas por enquanto, é melhor acreditar — ou fingir que acredita.
