
O coração de Goiás ficou mais pesado nesta quarta-feira. Um daqueles dias em que o asfalto vira palco de dor — e o silêncio depois do impacto ecoa mais alto que qualquer sirene.
Por volta das 14h30, um caminhão baú e uma viatura da Polícia Militar se envolveram numa colisão frontal na GO-080, altura do km 12. O estrago foi tamanho que até os socorristas experientes ficaram com os nervos à flor da pele.
As vidas interrompidas
Do lado da viatura, duas histórias se apagaram num piscar de olhos:
- Carlos Eduardo, 38 anos — 15 de carreira na PM, deixou esposa e dois filhos pequenos. Colegas o descrevem como "o policial que carregava balas no coldre e doces no bolso".
- Mariana Ribeiro, 22 anos — Estagiária do curso de Direito, estava pegando carona por falta de ônibus. Sonhava em ser defensora pública.
O motorista do caminhão, um senhor de 56 anos, sobreviveu — mas com ferimentos que fariam qualquer um tremer na base. Já o ajudante de carga, milagrosamente, saiu sem um arranhão.
O que se sabe até agora
A perícia ainda tá quebrando a cabeça pra entender como diabos aconteceu. Testemunhas falam em ultrapassagem mal calculada, mas tem quem jure que foi falha mecânica. Enquanto isso:
- A pista ficou interditada por 7 horas — trânsito parado feito fila de banco
- Os corpos foram encaminhados ao IML de Aparecida de Goiânia
- A PM prometeu apoio às famílias (e um inquérito pra ontem)
E olha que ironia: Carlos trabalhava justamente na equipe de educação no trânsito. Mariana, por sua vez, fazia estágio na Defensoria — onde ajudava vítimas de acidentes. A vida tem dessas voltas que nem o melhor roteirista inventaria.
O governador já se pronunciou, chamando o caso de "ferida aberta na segurança viária". Enquanto isso, nas redes sociais, amigos das vítimas inundam as timelines com fotos e histórias — cada post uma facada no peito de quem lê.