
Era uma manhã como qualquer outra no bairro São Francisco — até que o som de metal se estraçalhando cortou o ar. Por volta das 9h desta quarta (30), um PM (cujo nome ainda não foi divulgado) pilotava sua moto pela Rua das Hortênsias quando, num piscar de olhos, tudo mudou.
Testemunhas contam que um carro, vindo da transversal, simplesmente "apareceu do nada". O impacto foi tão violento que o capacete do militar — aquele objeto que deveria ser seu escudo — acabou arrancado pelo asfalto.
O que se sabe até agora:
- Vítima era da 3ª Companhia do 1º BPM
- Equipes do SAMU chegaram em 12 minutos (tempo recorde pra região, diga-se)
- Mas já era tarde — morte cerebral no local
Curiosamente, essa mesma curva já teve outros três acidentes graves só este mês. "É uma roleta-russa", desabafa Dona Maria, dona de uma banca de jornais que viu tudo. Ela até tentou ajudar, mas... "Tava claro que não tinha mais o que fazer".
Enquanto isso, no Twitter, o Comando da PMMA confirmou o óbito com uma nota cheia daquelas frases protocolares que nunca cabem direito na dor. Prometem "apoio à família" e "apuração rigorosa". Mas você conhece como é — quando a poeira baixar, ninguém mais fala nisso.
O motorista do carro? Sumiu. Fugiu a pé antes mesmo da PRF chegar. Coincidência ou não, o tal veículo estava com documento atrasado há exatos... 11 meses e 27 dias. Detalhe que só piora o gosto amargo dessa história.
E agora?
Aquele debate que sempre volta: falta de radares, sinalização apagada pelo tempo, motoboys que viram "invisíveis" no trânsito. Enquanto a cidade segue seu ritmo alucinado, mais uma família chora. E o relógio da próxima tragédia? Continua contando...