
O sol ainda nem havia nascido direito em Petrolina quando o silêncio da madrugada foi quebrado por um estrondo que ecoou pelas ruas desertas. Era por volta das 5h30 da manhã desta quarta-feira (7) quando o impensável aconteceu: um policial militar, cujo nome ainda não foi divulgado, perdeu o controle da moto e se chocou violentamente contra um caminhão que trafegava no mesmo sentido.
Segundo testemunhas — um grupo de trabalhadores que se preparava para mais um dia duro —, o impacto foi tão forte que a moto ficou irreconhecível. "Parecia um brinquedo que alguém tinha pisado", comentou um deles, ainda visivelmente abalado.
O socorro que não chegou a tempo
O Samu foi acionado imediatamente, mas quando a equipe médica chegou, já era tarde demais. O policial, que vestia seu uniforme com orgulho horas antes, não resistiu aos ferimentos. A cena era tão caótica que até os socorristas, acostumados a lidar com tragédias diárias, pareciam estar em estado de choque.
E agora? A pergunta que fica é: como uma cidade que já vive sob o constante som de sirenes vai lidar com mais essa perda? O Comando da Polícia Militar emitiu uma nota breve, mas o luto já se espalha pelos corredores dos quartéis.
O que se sabe até agora:
- O acidente ocorreu na PE-647, trecho conhecido por seus perigos
- O caminhão, segundo relatos, tentou frear, mas a física é implacável
- A perícia vai apurar se havia algum fator adicional — sono? excesso de velocidade? — mas isso pouco conforta quem perdeu um colega
Enquanto isso, nas redes sociais, colegas de farda começam a se manifestar. "Mais um anjo da lei partindo cedo demais", escreveu um sargento em seu perfil, acompanhado da hashtag #PMMorreMasNãoFalece — um lembrete amargo de que, para muitos, esses heróis do cotidiano nunca realmente nos deixam.
Petrolina acorda hoje com menos um protetor. E o trânsito brasileiro continua sua sina de ceifar vidas como se fossem números em uma planilha. Até quando?