
Numa tarde que começou como qualquer outra no Cruzeiro Novo, o barulho de metal se torcendo cortou o ar por volta das 14h desta segunda-feira (29). Um ônibus cheio de estudantes — aquele tipo de cena cotidiana que ninguém espera que vire notícia — acabou se chocando de frente com um carro de aplicativo na altura do Setor de Indústrias.
Segundo testemunhas que ainda estavam com as mãos trêmulas, o veículo particular teria invadido a preferencial. "Foi tudo muito rápido, parecia cena de filme", contou uma vendedora ambulante que pediu para não ser identificada — o susto ainda estava fresco na memória.
O que se sabe até agora:
- Pelo menos 3 estudantes e o motorista do app foram levados para hospitais da região
- O para-brisa do carro ficou completamente estilhaçado — sorte que o airbag funcionou
- O ônibus, que fazia linha regular, teve danos na lateral dianteira
Os bombeiros chegaram em menos de 10 minutos (algo raro no trânsito caótico de Brasília) e precisaram usar aquelas ferramentas que a gente só vê em filme — sabe, aquelas que cortam metal como se fosse manteiga? Dois passageiros ficaram presos nas ferragens, mas sem risco de vida.
Enquanto isso, o trânsito na EPTG virou um verdadeiro quebra-cabeça. Motoristas que passavam pelo local começaram a filmar com o celular — alguns por preocupação, outros por pura curiosidade. As imagens mostram o carro praticamente encaixado na lateral do coletivo, como se fossem peças de Lego grudadas errado.
E agora, quem paga a conta?
Pergunta que não quer calar: de quem foi a culpa? O Departamento de Trânsito já está analisando as câmeras de segurança da região, mas adivinhem só — pelo menos duas estavam desligadas por "manutenção". Típico, não? Enquanto a perícia não fala, o que resta são os relatos contraditórios e aquela velha máxima: no trânsito, às vezes o certo e o errado dependem muito de quem está contando a história.
Moradores da área reclamam que esse não é o primeiro susto no local. "Aqui é um ponto cego", dispara um comerciante que prefere não se identificar. Ele conta que só neste ano já viu pelo menos três "quase acidentes" na mesma curva — e olha que estamos só em julho.