
Era para ser mais um dia comum. O sol já se despedia quando ela pegou a moto, como sempre fazia. Mas o destino — esse maldito caprichoso — tinha outros planos. Na PB-008, entre Santa Rita e Bayeux, a vida dela virou estatística. Um tombou, um grito, e depois... silêncio.
Segundo testemunhas (umas três, pelo que apuraram os bombeiros), a moto simplesmente "perdeu o controle". Ninguém sabe ao certo se foi buraco, se foi óleo na pista, ou se foi a fadiga de quem já vinha de um turno exaustivo. O fato é que a queda foi brutal. E sem capacete — detalhe que dói mais ainda.
Quem era ela?
Maria (vamos chamá-la assim, porque a família merece privacidade nessa hora), 38 anos, auxiliar de limpeza. Dois filhos pequenos. Trabalhava num hospital local e, segundo colegas, "era aquela pessoa que chegava antes e saía por último". Do tipo que ninguém imagina sumir assim, de repente.
Ah, e tem isso: o salário mínimo dela sustentava a casa toda. Agora, os meninos — um de 9, outro de 12 — ficam com a avó. A mesma que, entre um soluço e outro, repetia: "Era tão cuidadosa... Por que hoje?".
O que dizem as autoridades
- A Polícia Rodoviária ainda investiga as causas exatas
- Não há indícios de colisão com outros veículos
- O corpo foi encaminhao ao IML de João Pessoa
E enquanto isso, na PB-008, já não há marcas do acidente. O asfalto engoliu tudo, como sempre faz. Só resta o buquê de flores murchas no canteiro — aquele tipo de memorial que ninguém nota ao passar em alta velocidade.
PS: Se você dirige moto, use o maldito capacete. Não por você, mas por quem chora depois.