Era uma madrugada qualquer na PA-275 até que o inferno se materializou no asfalto. Cinco vidas esfaceladas em questão de segundos - e agora, semanas depois, o suposto responsável finalmente encarou a música. Não fugiu, não se escondeu em algum buraco no mapa: chegou de cabeça baixa na Delegacia de Marabá como quem sabe que o peso daquela noite nunca mais vai sair das costas.
Segundo fontes da Polícia Civil, o homem - cujo nome ainda não foi divulgado - teria perdido controle do veículo num trecho perigoso da rodovia. Testemunhas falam em alta velocidade, talvez sono, quem sabe até álcool (embora isso ainda precise ser confirmado pelos exames). O que sabemos é que o carro dele virou um projétil, atingindo outros dois veículos como se fossem de papelão.
O que restou depois do caos
Entre os mortos, uma família inteira voltando de uma festa de aniversário em Xinguara. Duas crianças. Você já viu o que sobra de um carro depois de uma colisão a 120km/h? Eu vi fotos. Não é coisa que se esqueça fácil.
O delegado responsável pelo caso, Raimundo Nonato (sim, o nome é esse mesmo), disse que o suspeito está "colaborando" - mas entre nós, que tipo de colaboração apaga cinco cruzes num cemitério? Ele vai responder por homicídio culposo no trânsito, crime que no Brasil costuma terminar em... bem, você sabe como termina.
E agora?
Enquanto isso, na PA-275, a vida segue. Caminhões continuam passando no mesmo trecho onde o asfalto ainda guarda marcas do desastre. Alguns motoristas reduzem a velocidade ali - por uns dias. Depois esquecem. Sempre esquecem.
Ah, e a família das vítimas? Estão juntando dinheiro para enterrar seus mortos. Porque no meio de toda essa tragédia, alguém ainda precisa pagar pelos caixões.
