
Uma cena que ninguém gostaria de presenciar. Na madrugada desta quarta-feira (30), o Anel Viário de Campinas foi palco de um acidente que terminou em tragédia. Um motociclista — ainda não identificado — perdeu a vida após ser projetado como um boneco de pano no asfalto. E o pior? O motorista do carro envolvido simplesmente deu no pé, deixando a vítima à própria sorte.
Segundo testemunhas, o barulho da colisão foi tão forte que pareceu um trovão. A moto, que devia estar numa velocidade considerável, virou um amontoado de ferro retorcido em segundos. Nem o capacete — aquele que deveria ser o último aliado — conseguiu salvar o condutor.
O que se sabe até agora:
- O acidente ocorreu por volta das 3h da manhã, quando o trânsito estava praticamente vazio
- O carro (um modelo prata, segundo relatos) desapareceu como fumaça antes que alguém pudesse anotar a placa
- O SAMU chegou rápido, mas já era tarde — os paramédicos só puderam constatar o óbito no local
"É de cortar o coração", disse um vendedor ambulante que pediu para não ser identificado. "O cara estava ali, sozinho no escuro, e ninguém nem parou pra ajudar antes que a ambulância chegasse."
Falta de socorro: o pior dos crimes no trânsito?
Especialistas em segurança viária afirmam que situações como essa revelam um problema ainda maior do que a imprudência: a desumanização no trânsito. Fugir após um acidente fatal não é apenas covardia — é crime previsto no artigo 302 do CTB, com pena de 2 a 5 anos de prisão. Mas, convenhamos, de que adianta a lei se não tem quem a cumpra?
Enquanto a polícia tenta desvendar esse caso — vasculhando câmeras de segurança e buscando pistas —, uma família inteira chora a perda de alguém que saiu de casa e simplesmente não voltou. E a pergunta que fica é: será que o motorista que fugiu consegue dormir em paz?