
Era pra ser mais um dia normal no caótico trânsito carioca. Mas o que começou como uma tarde qualquer terminou em tragédia. Um motociclista, ainda não identificado, perdeu a vida de forma brutal nesta segunda-feira (4) – vítima de um daqueles perigos que a gente até sabe que existe, mas nunca imagina que vai testemunhar.
Por volta das 15h, na Avenida Brasil (sim, aquela mesma que vive congestionada), o homem pilotava sua moto quando o impensável aconteceu. Uma linha chilena – aquelas de pipa que cortam como navalha – atravessou seu caminho como uma guilhotina invisível. O resultado? Dá até arrepios de pensar.
O que as testemunhas viram
"Foi coisa de cinema de terror", contou um vendedor ambulante que preferiu não se identificar. "O cara tava na dele, na velocidade normal, quando de repente..." – aqui ele faz uma pausa dramática – "a moto continuou, mas a cabeça dele não acompanhou o movimento."
Segundo o Corpo de Bombeiros, que chegou rapidamente ao local, não havia o que fazer. O corte foi tão preciso (e tão mortal) que a vítima morreu instantaneamente. A cena, segundo relatos, era dantesca – sangue por todo lado, a moto ainda em movimento batendo num poste, e aquela linha assassina balançando ao vento como se nada tivesse acontecido.
O perigo que voa sobre nossas cabeças
Todo mundo sabe que linha chilena mata. Mas ver isso acontecer na vida real é outra história. Especialistas em trânsito já alertavam há tempos sobre os riscos dessas linhas com cerol ou "chilena" – uma mistura de cola e vidro moído que transforma um simples brinquedo em arma letal.
- Em 2024, só no Rio, já foram registrados 17 acidentes graves envolvendo essas linhas
- A maioria das vítimas? Motociclistas, é claro – os mais vulneráveis nessa história toda
- A multa por usar linha cortante pode chegar a R$ 1 mil, mas parece que ninguém tá nem aí
E agora? A polícia diz que vai "intensificar a fiscalização". Mas convenhamos – entre o dizer e o fazer, sabe como é, né? Enquanto isso, as pipas continuam lá no alto, e as linhas continuam cortando mais do que o vento.
"É uma roleta russa", desabafa um agente da CET-Rio que pediu anonimato. "A gente tenta apreender, multa quando pega, mas é como enxugar gelo. No dia seguinte, tão lá de novo."