Linha chilena quase causa tragédia no Rio: motociclista escapa por um triz de ferimento grave
Motociclista escapa por um triz de linha chilena no RJ

Era um dia comum no caótico trânsito carioca quando o impensável aconteceu. Um motociclista, que preferiu não se identificar, estava apenas indo trabalhar — como faz todos os dias — quando sentiu algo cortar o ar em sua direção. Num piscar de olhos, veio a dor aguda: uma linha chilena, daquelas que parecem inofensivas, quase lhe custou muito caro.

"Senti um arranhão no pescoço, mas quando olhei no retrovisor, quase caí da moto", contou ele, ainda visivelmente abalado. A linha, que poderia ter se transformado numa verdadeira lâmina, felizmente só deixou um pequeno ferimento. Mas poderia ter sido diferente. Muito diferente.

O perigo invisível das ruas

Quem anda de moto sabe: os riscos estão em cada esquina. Mas esse tipo de acidente — sim, porque é um acidente à espera de acontecer — nem sempre recebe a atenção devida. Linhas de pipa com cerol ou chilena viram armas cortantes quando combinadas com a velocidade das motocicletas.

E olha que o motociclista teve sorte. Em 2023, um caso parecido terminou em tragédia em São Paulo. A vítima não resistiu aos ferimentos. É pra fazer a gente pensar: até quando vamos subestimar esses perigos urbanos?

"Foi um milagre", diz especialista

Conversamos com o Dr. Carlos Mendonça, cirurgião vascular que já atendeu diversos casos do tipo. Ele não economizou nas palavras: "Quando vi as fotos, achei que era fake. A linha passou a centímetros da jugular. Se tivesse entrado mais fundo, estaríamos falando de outra história".

O médico ainda fez um alerta: "As pessoas não têm noção do poder de corte dessas linhas. Na velocidade certa, elas rivalizam com facas afiadas".

E agora?

Enquanto isso, nosso herói anônimo — porque sobreviver a isso tem um quê de heroicidade — já está de volta às ruas. Mas agora com um cuidado redobrado. "Ando olhando pra cima como se fosse um pombo paranóico", brincou ele, tentando aliviar o clima.

Mas a piada esconde uma verdade dura: ninguém deveria precisar ter esse tipo de preocupação só para ir trabalhar. A questão que fica é: o que estamos fazendo para evitar que isso se repita?