
Imagine a cena: uma manhã comum, o sol já alto, e de repente — um barulho ensurdecedor de metal se esmagando contra concreto. Foi assim que testemunhas descreveram o momento em que um motociclista, ainda não identificado, perdeu o controle da sua motocicleta e se chocou violentamente contra a mureta de um viaduto na movimentada BR-153.
Segundo informações preliminares, o piloto — que trafegava em alta velocidade — simplesmente não conseguiu fazer a curva. A moto, então, virou um projétil desgovernado. Primeiro, o impacto lateral. Depois, o voo. E por fim, a queda livre de aproximadamente 5 metros.
"Parecia cena de filme", relata caminhoneiro
João Silva*, um caminhoneiro que passava pelo local no momento do acidente, não escondeu o susto. "O cara simplesmente decolou. A moto ficou toda retorcida no meio da pista, e ele foi parar lá embaixo, no acostamento. Corri pra ajudar, mas já tinha gente ligando pro resgate", contou, ainda visivelmente abalado.
O que mais chocou as testemunhas? O fato do motociclista — milagrosamente — ter sobrevivido ao impacto. Mas não sem sequelas graves: fraturas múltiplas, traumatismo craniano e suspeita de danos na coluna vertebral.
O socorro
- O SAMU chegou em 12 minutos — tempo considerado rápido para a região
- Equipes usaram colar cervical e prancha rígida para imobilizar a vítima
- O estado de saúde foi classificado como "grave, porém estável"
E agora, o que explica esse tipo de acidente? Especialistas em trânsito ouvidos pela reportagem apontam três fatores que se repetem nesses casos:
- Excesso de velocidade — a curva onde ocorreu o acidente tem limite de 60km/h, mas marcas no asfalto sugerem que a moto estava bem acima
- Falta de manutenção — testemunhas relataram que o motociclista parecia ter dificuldade em frear antes do impacto
- Problema na sinalização — moradores reclamam há meses que a pintura da mureta está desgastada, dificultando a visualização à noite
Enquanto isso, no hospital onde o motociclista está internado, a equipe médica faz o possível. "São horas decisivas", resumiu um enfermeiro que preferiu não se identificar. Já a polícia rodoviária aguarda o estado de saúde da vítima melhorar para colher seu depoimento.
*Nome fictício para preservar a identidade da testemunha