
Uma noite que começou como tantas outras terminou em tragédia absoluta no cruzamento da Avenida Presidente Vargas com a Rua das Figueiras, na zona norte de Ribeirão Preto. Por volta das 23h de domingo, o silêncio foi quebrado por um estrondo seco - o som de uma moto colidindo violentamente contra um poste de iluminação com força suficiente para partir o veículo literalmente ao meio.
Testemunhas ainda parecem estar em estado de choque. "Foi tudo muito rápido, um barulho ensurdecedor", conta um morador que preferiu não se identificar. "A cena era dantesca, a moto completamente destruída e os dois jovens caídos na pista."
As vítimas da fatalidade
No comando da moto estava um rapaz de apenas 22 anos - cheio de vida, como costumam dizer os que o conheciam. A garupa era sua namorada, de 21 anos, que agora enfrenta a batalha mais difícil de sua existência no hospital Santa Casa, com múltiplos traumatismos e em estado considerado gravíssimo pelos médicos.
O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente, mas o cenário já era de devastação. O jovem condutor, cuja identidade ainda não foi divulgada oficialmente, não resistiu aos ferimentos. Foi declarado morto ainda no local - mais uma estatística trágica no crescente número de acidentes de trânsito que assolam nossas cidades.
O que levou ao desastre?
A Polícia Militar registrou o ocorrido como grave acidente de trânsito, mas as causas ainda são um mistério. Especula-se sobre excesso de velocidade - sempre a suspeita mais comum nesses casos. Talvez uma distração momentânea, um desvio brusco para evitar algo na pista... São conjecturas que pouco importam diante da irreversibilidade do ocorrido.
O poste atingido ficou severamente danificado, exigindo a intervenção da equipe de energia local. A via precisou ser interditada por horas enquanto os peritos trabalhavam no local, recolhendo evidências e tentando reconstituir os momentos finais que antecederam a colisão.
As consequências da tragédia
Enquanto isso, duas famílias têm suas vidas viradas de cabeça para baixo. De um lado, o luto precoce por um filho que partiu cedo demais. Do outro, a angústia de uma vigília hospitalar, na esperança de que a jovem sobrevivente consiga superar lesões que, segundo informações extraoficiais, incluem traumatismo craniano e fraturas múltiplas.
O caso segue sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que deve ouvir testemunhas e analisar imagens de câmeras de segurança da região. Mas, convenhamos, nenhum laudo técnico vai devolver a vida perdida ou apagar o trauma dos que presenciaram a cena.
Ribeirão Preto acorda mais uma vez com o peso de mais uma vida ceifada no trânsito. E a pergunta que fica, ecoando silenciosamente: quantas tragédias ainda serão necessárias para que algo mude de verdade?