
O coração de Lajinha, no interior de Minas Gerais, ficou pesado nesta segunda-feira (28). Uma daquelas notícias que ninguém quer dar — um menino de apenas três anos, cheio de vida e histórias por viver, teve seu futuro interrompido de forma brutal. O avô, que provavelmente só queria mais um dia comum no campo, agora carrega um peso que nenhum ser humano deveria suportar.
Segundo testemunhas — e aqui a voz trava ao relatar —, o pequeno brincava perto do trator quando o equipamento agrícola, pesado como um elefante de aço, acabou passando por cima dele. O avô, que conduzia o veículo, não percebeu a presença da criança. Quando viu, era tarde demais.
O que sabemos até agora
A Polícia Militar chegou rápido, mas o que poderia ser feito? A cena era de partir qualquer coração de pedra. O menino não resistiu aos ferimentos — a vida escapou por entre os dedos como areia fina, deixando para trás apenas silêncio e perguntas sem resposta.
- O acidente ocorreu por volta das 10h da manhã, horário em que o sol já castiga a zona rural
- O avô, em estado de choque, foi levado para prestar depoimento
- Não há indícios de negligência grosseira — apenas aquele segundo fatal que muda tudo
E agora? Como seguir em frente quando a tragédia bate à porta sem avisar? Vizinhos comentam, entre suspiros, que a família era unida, trabalhadeira. "Era um menino alegre, cheio de energia", diz uma senhora que prefere não se identificar. A voz dela treme — quem não tremeria?
O peso do acaso
Nessas horas, a gente se pergunta: por quê? Por que com uma criança? Por que com uma família humilde que só queria cuidar da roça? O trator, ali, não era um monstro — era ferramenta de trabalho, meio de sustento. Virou, num piscar de olhos, instrumento de dor.
O Conselho Tutelar já foi acionado, o IML removeu o corpo. Procedimentos padrão, mas que soam vazios diante do vazio maior. A prefeitura local prometeu apoio psicológico à família — pequeno consolo perto do buraco que se abriu.
Enquanto isso, na cidade, o burburinho é inevitável. Alguns falam em "acidente bobo", outros sacodem a cabeça em silêncio. A verdade? Nenhuma palavra preenche o vão deixado por uma criança que partiu tão cedo.