
Imagine só: um dia normal, uma pedalada rotineira, e de repente — tudo muda. Foi assim para o médico que, sem aviso, se viu no meio de um pesadelo quando um caminhão desgovernado colidiu com ele no Piauí. O susto, os ferimentos, a luta pela vida. Mas essa história, felizmente, tem um capítulo de alívio.
Depois de dias na UTI — aquela sala que ninguém quer conhecer, mas que às vezes vira nosso porto seguro —, o profissional da saúde finalmente pisou fora do hospital. E olha, não foi só um passo: foi um recomeço. "É como se ele tivesse nascido de novo", confessou o pai, com a voz embargada. Quem já passou por um susto desses sabe que a frase não é exagero.
O antes e o depois de um segundo
O que você estava fazendo há exatamente uma semana atrás? Provavelmente algo banal, certo? Pois para esse médico, foi o dia em que a vida decidiu dar uma daquelas viradas de página bruscas. Enquanto ele pedalava — talvez pensando nos pacientes, no almoço, no céu azul —, o caminhão apareceu como um ator indesejado nessa cena cotidiana.
Os detalhes do acidente? Cruéis. Mas o importante mesmo é o que veio depois: a cirurgia de emergência, os médicos virando anjos da guarda, a família em vigília. E agora, o milagre da recuperação. "Cada respiração sem ajuda de aparelhos é uma vitória", comentou um enfermeiro que acompanhou o caso.
Lições que ficam
Além dos ossos quebrados e cicatrizes, esses eventos deixam marcas invisíveis. Será que os motoristas vão pensar duas vezes antes de acelerar? Os ciclistas vão se equipar melhor? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: histórias como essa são um soco no estômago que nos lembra — a vida é frágil feito vidro, mas a resiliência humana? Ah, essa é de aço.
Enquanto o médico se recupera em casa, rodeado de cuidados e memórias do que poderia ter sido, uma pergunta ecoa: quantos "nascimentos" como esse ainda precisam acontecer até que o trânsito deixe de ser uma roleta-russa? Fica o questionamento — e a torcida para que ele, agora literalmente um sobrevivente, inspire mais cuidado nas ruas.