Mãe de ciclista atropelada por juiz embriagado desabafa: 'Eu queria estar no lugar dela'
Mãe de ciclista atropelada por juiz embriagado: "Queria estar no lugar dela"

O coração de uma mãe nunca se acalma quando a dor bate à porta. E foi assim, com um nó na garganta e lágrimas que não param de escorrer, que dona Mariana* compartilhou sua angústia: "Eu queria estar no lugar dela". A frase, cortante como vidro, veio depois que sua filha, uma jovem ciclista cheia de sonhos, foi atropelada por um juiz — sim, você leu certo — que dirigia completamente embriagado.

Aconteceu numa noite como tantas outras, mas que terminou em tragédia. A garota pedalava tranquilamente pela ciclovia, ouvindo música, quando o carro do magistrado invadiu o espaço destinado aos ciclistas. O impacto foi tão violento que ela foi arremessada a vários metros de distância. Testemunhas disseram que o juiz sequer diminuiu a velocidade — e, pior, tentou fugir do local.

"Ele nem olhou para trás"

Um motoboy que presenciou tudo contou, com a voz ainda trêmula, que o condutor "cheirava a álcool" e parecia mais preocupado em esconder o próprio rosto do que em prestar socorro. "Foi desumano", desabafou. Enquanto a vítima agonizava no asfalto, o juiz — cujo nome a Justiça ainda mantém em sigilo — só pensava em se proteger. Será que o cargo deveria blindar alguém de assumir as consequências dos seus atos?

Dona Mariana, entre um suspiro e outro, lembra dos planos da filha: "Ela ia começar faculdade de Medicina mês que vem...". A voz some por um instante, como se as palavras pesassem demais. A ciclista, que lutava pela vida no hospital, tinha apenas 19 anos. Uma vida inteira pela frente, interrompida por uma irresponsabilidade criminosa.

O peso da impunidade

O caso reacendeu um debate antigo: até onde vai o privilégio de quem está "do outro lado do tribunal"? Nas redes sociais, a revolta foi imediata. "Se fosse um cidadão comum, já estaria preso", comentou um usuário. Outros questionam se o fato de o motorista ser uma autoridade judiciária vai "amolecer" as consequências.

Enquanto isso, a família da jovem aguarda — não por justiça, mas por um milagre. Os médicos são cautelosos: "Ela sofreu traumatismo craniano grave". Dona Mariana, entre lágrimas, repete como um mantra: "Eu daria minha vida para ver ela acordar de novo".

E você, leitor, o que acha? Até quando histórias como essa vão se repetir enquanto alguns se acham acima da lei — e da própria humanidade?