
Não é de hoje que os moradores de Macaé vivem um verdadeiro pesadelo ao trafegar pela Linha Azul. A via, que deveria ser sinônimo de conexão e fluidez, virou palco de acidentes frequentes — e a paciência da população está no limite.
O grito por ajuda
"É uma roleta-russa diária", desabafa Maria Santos, dona de um pequeno comércio na região, enquanto aponta para as marcas de frenagem no asfalto. Na última semana, mais três colisões foram registradas no mesmo trecho — um absurdo que poderia ser evitado.
Os problemas são conhecidos:
- Sinalização precária (quando existe)
- Pavimento que mais parece uma trilha de mountain bike
- Falta de fiscalização — os radares? Esquece, só funcionam nos sonhos dos engenheiros
O que dizem as autoridades?
Enquanto isso, a prefeitura jura de pés juntos que está "trabalhando nas melhorias". Só que, entre promessas e PowerPoints apresentados em reuniões, a realidade na rua continua a mesma: perigosa.
Curiosamente, o trecho problemático fica a menos de 1km da sede da Secretaria de Mobilidade Urbana. Ironia do destino ou descaso planejado? Você decide.
Números que assustam
Dados do Detran-RJ mostram que, só este ano:
- Acidentes na área aumentaram 37%
- 2 vítimas fatais
- 15 feridos graves
E olha que estamos só em agosto. Se continuar assim, até dezembro esses números vão explodir feito airbag em batida frontal.
"A gente não quer milagre, só quer chegar vivo em casa" — resume bem o sentimento do pedreiro João Carlos, que cruza a Linha Azul duas vezes por dia.
As soluções possíveis
Os moradores têm ideias concretas (e surpreendentemente sensatas):
- Redutores de velocidade que realmente reduzam a velocidade
- Sinalização vertical legível — não aquelas placas escondidas atrás de árvores
- Fiscalização constante, não só quando tem campanha na TV
Enquanto as soluções não vêm, o jeito é dirigir na Linha Azul como se estivesse num campo minado: com extremo cuidado e torcendo para não ser o próximo na estatística.