
Parece que o Rio de Janeiro resolveu apertar o cerco contra quem insiste em misturar álcool e volante. A partir de agora, os hospitais fluminenses — sim, todos eles — têm a obrigação legal de acionar as autoridades quando atenderem vítimas de acidentes de trânsito que apresentem sinais claros de embriaguez.
Não é brincadeira. A lei, que já está em vigor, transforma os profissionais de saúde em uma espécie de "detetives do etilômetro". E olha que a coisa é séria: se o paciente estiver com aquele hálito que derruba um elefante, pupilas dilatadas ou aquele equilíbrio digno de um marinheiro em alto mar, os hospitais precisam ligar imediatamente para a polícia.
Como vai funcionar na prática?
Imagine a cena: você chega no pronto-socorro depois de uma batidinha sem gravidade (erros acontecem, né?). Mas se o médico perceber que você está mais "alegre" que o normal, prepare-se — além dos pontos, pode ganhar uma visita inesperada da PM.
- Primeiro, a equipe médica faz a avaliação de rotina
- Se detectarem indícios de embriaguez, acionam a polícia
- As autoridades decidem se aplicam o teste do bafômetro
- Em caso positivo, o paciente vira réu em potencial
"Mas isso não fere o sigilo médico?" — você pode estar se perguntando. Os legisladores garimpam que não, argumentando que o interesse público prevalece quando o assunto é segurança viária. Afinal, quem nunca viu um bêbado transformando um Corsa num torpedo?
E as consequências?
Para os condutores alcoolizados, a multa pode ser a menor das preocupações. Se comprovada a embriaguez, o sujeito pode responder criminalmente — especialmente se houver vítimas graves. Já pensou tropeçar na vida e acordar com um processo por homicídio culposo?
Os hospitais que descumprirem a norma também não saem ilesos. A multa para as unidades de saúde pode chegar a valores que dão arrepios até em planos de saúde caríssimos. E olha que a fiscalização promete ser tão rigorosa quanto um pai pegando o filho chegando de madrugada.
O Rio não é o primeiro a adotar medidas assim, mas certamente está dando um passo mais ousado. Enquanto alguns estados ainda discutem o assunto, os cariocas já estão colocando a mão na massa — ou melhor, no bafômetro.
E você, o que acha? Medida necessária para coibir a direção perigosa ou excesso de burocracia no sistema de saúde? Uma coisa é certa: depois dessa lei, muita gente vai pensar duas vezes antes de encarar aquele "ultiminho" antes de pegar o carro.