
O Tribunal de Justiça do Amazonas foi categórico: o motorista que atropelou e matou uma idosa de 73 anos após uma briga no trânsito vai continuar atrás das grades. A decisão, que pegou muita gente de surpresa pela rapidez, aconteceu nesta quinta-feira e mostra como a Justiça está levando a sério casos de violência no trânsito.
Tudo começou com uma discussão besta, daquelas que todo motorista já viveu - buzinadas, gestos, aquele calor momentâneo que às vezes toma conta de qualquer um. Só que dessa vez, a coisa escalou para uma tragédia sem tamanho. O condutor, num acesso de fúria que ninguém ainda consegue explicar direito, teria fechado o carro onde estava a idosa e provocado o acidente.
Os detalhes que chocaram
Testemunhas contam que foi rápido demais - uma sucessão de eventos que nem deu tempo de reagir. A vítima, dona Maria das Graças, voltava para casa depois de visitar a filha quando o pesadelo aconteceu. Os bombeiros chegaram rápido, mas os ferimentos eram graves demais. Ela não resistiu.
O que mais impressiona nesse caso todo é como uma simples discussão no trânsito pode ter consequências tão irreversíveis. O motorista, que agora responde por homicídio doloso, alega que não quis matar ninguém, que foi um acidente. Mas a Justiça parece não estar comprando essa versão - a prisão preventiva foi mantida justamente pelo risco de ele fugir ou tentar influenciar testemunhas.
O que diz a defesa
Os advogados do acusado tentaram de tudo para reverter a situação. Argumentaram que ele tem endereço fixo, trabalho estável e que não representa perigo para a comunidade. Mas o desembargador responsável pelo caso foi firme: quando se trata de um crime com tamanha violência e que resultou em morte, a prisão preventiva se faz necessária.
É aquela velha história - no trânsito, as escolhas de segundos podem ter consequências para a vida toda. E agora, uma família chora a perda de uma avó, enquanto outra vê o filho preso por uma decisão tomada no calor do momento.
O caso ainda vai longe, mas uma coisa é certa: a Justiça mandou um recado claro sobre a tolerância zero para violência no trânsito. E Manaus, que sofre tanto com o caos viário, ganha um precedente importante.